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- Publicada em 15 de Agosto de 2018 às 01:00

Mujica alega cansaço e renuncia ao mandato de senador no Uruguai

O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica renunciou ontem ao seu mandato de senador e explicou os motivos em uma carta entregue à presidente do Senado, Lucía Topolansky, que também é sua esposa. "Diria 'cansaço de longa data'", afirmou no documento. "No entanto, enquanto minha mente funcionar, não posso renunciar à solidariedade e à luta de ideias."
O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica renunciou ontem ao seu mandato de senador e explicou os motivos em uma carta entregue à presidente do Senado, Lucía Topolansky, que também é sua esposa. "Diria 'cansaço de longa data'", afirmou no documento. "No entanto, enquanto minha mente funcionar, não posso renunciar à solidariedade e à luta de ideias."
Mujica, que está com 83 anos, governou o país entre 2010 e 2015. No período, foram aprovadas leis que permitiram o casamento gay, o aborto e a regulação da produção e consumo da maconha.
O ex-presidente assumiu o mandato de senador pelo MPP (Movimento de Participação Popular) em 2015, logo após deixar a presidência, e manteve a imagem despojada do político que anda em um Fusca, mora em uma chácara na periferia da capital e quase nunca é visto de terno. Antes de ser eleito, atuou na guerrilha armada dos Tupamaros. Foi preso mais de uma vez - a última, entre 1972 e 1985. A cadeira de Mujica no Senado será ocupada por Andrés Berterreche, engenheiro-agrônomo e ex-ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca de 2009 a 2010.

Ministro chileno cai após relativizar crimes da ditadura

O ministro chileno da Cultura renunciou na noite de segunda-feira, meses depois de assumir a pasta. Mauricio Rojas questionou a validade do Museu da História e dos Direitos Humanos, aberto em 2010, que documenta abusos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). O museu foi inaugurado pela ex-presidente Michelle Bachelet, torturada durante a ditadura.
"Mais do que um museu, é uma instalação cujo propósito é chocar o espectador, deixando-o atônito e impedindo que racionalize", afirmou Rojas em um livro publicado em 2015. "É uma manipulação da história. Um uso impreciso e desavergonhado de uma tragédia nacional que tocou muitos de nós diretamente."
As declarações vieram à tona no fim de semana, desatando uma onda de críticas tanto da direita quanto da esquerda, com músicos, escritores e atores encabeçando os pedidos para que renunciasse. Cerca de 3 mil pessoas desapareceram e 28 mil foram torturadas durante a ditadura Pinochet. No sábado, Rojas disse nas redes sociais que o teor do comentário não reflete sua visão e que ele "nunca minimizou nem justificou as violações de direitos humanos inaceitáveis, sistemáticas e graves que ocorreram no Chile".
O caso é mais uma dor de cabeça para Piñera, que teve de remover três ministros na semana passada, com apenas cinco meses no poder. Rojas será substituído pela arqueóloga Consuelo Valdés.
Piñera rejeitou os comentários de Rojas sobre o museu. Entretanto, o presidente afirmou também que tampouco compartilha a "intenção de certos setores de nosso país que pretendem impor uma verdade única e que não têm tolerância nem respeito pela liberdade de expressão e liberdade de opinião de nossos compatriotas".