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Internacional

- Publicada em 19 de Julho de 2018 às 18:07

Republicanos vetam possível testemunho de tradutor da cúpula entre Putin e Trump

Agência Estado
Os deputados republicanos da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira, 19, uma medida para intimar o tradutor americano que trabalhou na cúpula de Helsinque. A ideia era que ele testemunhasse sobre as negociações privadas entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin.
Os deputados republicanos da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira, 19, uma medida para intimar o tradutor americano que trabalhou na cúpula de Helsinque. A ideia era que ele testemunhasse sobre as negociações privadas entre os presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin.
O principal democrata da comissão, o deputado Adam Schiff, disse querer que o tradutor, um funcionário do Departamento de Estado, compareça a uma sessão fechada, argumentando que o Congresso deve "descobrir o que foi dito" durante a reunião de duas horas entre os presidentes.
"Cabe a nós, dado que o presidente disse publicamente que era de grande preocupação para o nosso país, para nossas aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que descubramos o que foi dito em particular", disse Schiff.
O legislador reconheceu que seria uma medida "extraordinária", mas acrescentou que também é extraordinário que Trump se encontre sozinho com um adversário dos EUA. Os democratas do Senado têm pressionado para que o tradutor testemunhe, com o objetivo de determinar se Trump fez algum acordo com Putin durante a sessão.
O senador democrata e líder da minoria, Chuck Schummer, questionou se algum funcionário de alto escalão, incluindo o secretário de Estado, Mike Pompeo, ou o secretário de Defesa, James Mattis, recebeu detalhes sobre a reunião ou foi informado sobre quaisquer acordos militares ou de segurança entre Trump e Putin.
"É absolutamente surpreendente que ninguém saiba o que foi dito", disse Schummer. "Isso é uma democracia. Se o seu presidente fizer acordo com um de nossos maiores - senão o maior - adversário, seu gabinete precisa saber disso e o povo americano também", argumentou o senador.
Os republicanos marcaram uma audiência na próxima semana para que Pompeo testemunhe na Comissão de Relações Exteriores. O presidente da comissão, senador republicano Bob Corker, disse que se opõe à obtenção do testemunho do tradutor da reunião de Trump com Putin. "Não me parece apropriado", disse.
A primeira a levantar a possibilidade do testemunho do tradutor foi a senadora democrata Jeanne Shaheen, que participa da comissão. "O Congresso deve exercer sua autoridade para controlar a presidência", argumentou. Ela observou que o tradutor é um funcionário do governo dos EUA.
Na Câmara, o presidente da Comissão de Inteligência, o republicano Devin Nunes, colocou a questão para votação. O resultado ficou em 11 votos contra e 6 a favor.
A reação russa
Na Rússia, a sugestão também foi rejeitada. Políticos se mobilizaram em apoio a Putin para denunciar a proposta de que o tradutor testemunhe. O embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, expressou esperança de que "os acordos verbais entre Putin e Trump serão cumpridos".
Autoridades russas minimizaram os relatos contraditórios do presidente americano após a cúpula. No entanto, demonstraram estar com raiva da proposta de interrogar o tradutor. O chefe da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Alta do Parlamento, Konstantin Kosachev, disse que a ideia estabelece um precedente perigoso e ameaça "toda a ideia de diplomacia", segundo informaram agências de notícias russas.
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