A Justiça alemã decidiu, nesta quinta-feira, extraditar o ex-presidente catalão Carles Puigdemont à Espanha, onde ele deverá responder a acusações de rebelião por ter organizado um plebiscito separatista considerado ilegal em outubro de 2017. Ainda cabe um último apelo de Puigdemont ao Tribunal Constitucional contra a expulsão.
É uma importante vitória para o governo espanhol, que, há meses, vinha pressionando as autoridades alemãs. Mas há um porém: a Justiça de Schleswig-Holstein, estado onde o catalão está detido, não concordou que ele tenha cometido um crime de rebelião. A extradição será realizada só pelo delito menos grave de apropriação indevida de fundos, do qual o político também é acusado por Madri.
Com isso, segundo as regras de extradição da União Europeia, a Espanha deve se limitar a julgar Puidgemont apenas pela apropriação de fundos, que tem pena máxima de 12 anos de cadeia. Se fosse julgado por rebelião, poderia passar 30 anos preso.