A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu ontem a independência de seu país, após o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerir que Berlim estava operando sob influência da Rússia. Sem mencionar os comentários de Trump especificamente, ela disse a repórteres que experimentou uma parte da Alemanha controlada pela União Soviética e "estou muito feliz que estamos unidos em liberdade como República Federal da Alemanha e pode assim dizer que podemos determinar a nossa própria política e tomar nossas próprias decisões e isso é muito bom", enfatizou Merkel.
Mais cedo, Trump repreendeu o país europeu, que tem sido alvo frequente de sua ira, por apoiar o Nord Stream 2, projeto de um gasoduto para transportar gás diretamente da Rússia através do Mar Báltico, dizendo que a "Alemanha, pelo que sei, é refém da Rússia porque recebe muito de sua energia da Rússia".
Segundo a secretária de Imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, o presidente irá se reunir com Merkel, às margens da reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e deverá reafirmar suas preocupações sobre o acordo da Alemanha com a Rússia.