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Internacional

- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 01:00

Quatro meninos são resgatados de caverna

Em operação arriscada, meninos tiveram de mergulhar na caverna alagada, acompanhados por especialistas

Em operação arriscada, meninos tiveram de mergulhar na caverna alagada, acompanhados por especialistas


ROYAL THAI NAVY/AFP/JC
Equipes de resgate da Tailândia retiraram ontem quatro dos 12 meninos de um grupo de futebol presos com seu treinador em uma caverna, onde estavam há mais de duas semanas. Os mergulhadores de elite fizeram uma pausa e devem retomar a operação hoje.
Equipes de resgate da Tailândia retiraram ontem quatro dos 12 meninos de um grupo de futebol presos com seu treinador em uma caverna, onde estavam há mais de duas semanas. Os mergulhadores de elite fizeram uma pausa e devem retomar a operação hoje.
O chefe da operação disse que a ação de resgate está ocorrendo sem novos problemas. Nessa complicada e perigosa missão, os quatro meninos tiveram de mergulhar na caverna alagada, acompanhados por especialistas em mergulho.
O governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn, que está chefiando a operação, disse que os quatro garotos foram levados para um hospital. "A operação foi muito melhor do que o esperado", disse Osatanakorn, em entrevista coletiva, acrescentado que os mais saudáveis foram os primeiros a sair.
Toda a operação de resgate pode demorar de dois a quatro dias, dependendo das condições do clima e do nível da água na caverna, disse o major-general Chalongchai Chaiyakam. A operação conta com 13 mergulhadores estrangeiros e cinco tailandeses. Cada criança foi retirada da caverna acompanhada por dois deles. A única maneira de tirar os meninos e seu treinador é mergulhando por passagens escuras e apertadas, cheias de água barrenta e correntes fortes, com pouco oxigênio.
Um ex-mergulhador de elite da Marinha tailandesa desmaiou e morreu fazendo o mergulho na sexta-feira. Experientes especialistas em resgate em cavernas consideram a saída subaquática o último recurso, especialmente em se tratando de pessoas não treinadas em mergulho, como os garotos.
Segundo Osatanakorn, a decisão de retirar os garotos se deu pelas condições do clima - que, agora, está ameno - e pela queda nos níveis de água nos últimos dias. O cenário criou boas condições para uma retirada subaquática, o que não seria possível se começasse a chover novamente. "Encontrar os meninos não significa que terminamos nossa missão. É apenas uma pequena batalha que vencemos, mas a guerra não terminou. A guerra termina quando vencermos as três batalhas - buscá-los, resgatá-los e mandá-los para casa", ressaltou.
As chuvas de monção poderiam elevar os níveis de água na caverna, reduzindo ainda mais os níveis de oxigênio. Por isso, a urgência de se retirar o grupo de lá. Esforços anteriores para bombear a água do local acabaram sendo abortados toda vez que caía uma chuva forte. Se voltasse a chover, o espaço onde os meninos estão abrigados poderia ficar reduzido a apenas dez metros quadrados.
Os jovens e seu treinador ficaram presos quando foram explorar a caverna depois de um treino, em 23 de junho. As inundações da monção interromperam a saída e impediram que os socorristas os encontrassem por quase dez dias.
No sábado, mergulhadores fizeram uma jornada de 11 horas para agir como carteiros. Um dos meninos, identificado como Tun, escreveu: "Mamãe e papai, por favor, não se preocupem, estou bem. Eu disse a Yod para se preparar para me levar para comer frango frito. Com amor". A nota mais comovente veio de alguém cujo nome não estava claro: "Eu estou bem, mas o ar está um pouco frio, mas não se preocupem. Não se esqueçam de arrumar minha festa de aniversário".
Ekapol Hanthawong, o treinador, também enviou uma carta, na qual pediu desculpas aos pais pela decisão de levá-los para a aventura que os deixou presos na caverna. 
 
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