O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, visitaram nesta quinta-feira as crianças brasileiras que foram separadas dos pais em um abrigo de Chicago, nos Estados Unidos. São 21 menores, que têm entre nove e 17 anos.
As crianças demonstraram alegria com a visita e contaram que vêm assistindo aos jogos do Brasil na Copa do Mundo. Mas todos sentem a ausência dos pais, de quem foram separados ao atravessarem ilegalmente a fronteira com o México.
No total, cerca de 2,3 mil crianças estrangeiras estão na mesma situação, um número que aumentou exponencialmente desde que o governo de Donald Trump anunciou uma política de tolerância zero contra a travessia ilegal na fronteira, em abril. Os pais são detidos e processados pelo crime, e, assim, separados das crianças, que ficam sob a guarda do governo norte-americano.
Os ministros não quiseram dar detalhes sobre a visita. Nesta sexta-feira, cônsules brasileiros nos EUA irão apresentar seus relatos de como estão os menores visitados em outros abrigos. Só então é que Nunes e Rocha darão uma entrevista para falar sobre o que viram.
No total, há 16 abrigos espalhados pelos EUA que hospedam menores brasileiros. São 55 crianças atualmente, sendo 33 em Chicago. O problema é que muitos estão sozinhos em instituições com uma maioria hispânica, sem falar espanhol e distantes até 3,5 mil quilômetros de suas famílias.