Neste domingo, dia 1 de julho, mais de 89 milhões de eleitores irão às urnas para escolher o novo presidente do México. No pleito, em que também serão eleitos representantes do Congresso, governadores, representantes executivos e legislativos nos estados e nos municípios, os temas que dominam as campanhas são a violência cristalizada pelo narcotráfico e infiltrada em diferentes setores, a imigração e a relação com os Estados Unidos.
A corrida eleitoral foi marcada por diversos casos de violência e homicídios. Segundo especialistas, esta foi a campanha mais violenta já registrada no país. O Instituto Nacional Eleitoral confirmou que, até o início desta semana, 122 candidatos e pré-candidatos foram assassinados. Analistas, defensores de direitos civis e autoridades apontam os grupos organizados, chamados de cartéis, como responsáveis pelas mortes.
A disputa presidencial tem quatro candidatos. O esquerdista Andrés Manuel López Obrador (coligação Morena-PT-PES) tem aparecido nas pesquisas como o favorito dos eleitores. Aos 64 anos, chamado por suas iniciais, AMLO, o político veterano é ex-prefeito da Cidade do México. Essa é a terceira vez que tenta chegar ao governo federal.
O segundo colocado nas pesquisas é o conservador Ricardo Anaya, 39 anos, representante do Partido Ação Nacional (PAN). Conhecido por seus talentos para oratória, Anaya liderou a Câmara dos Deputados de 2013 a 2014. Ele enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, mas nega as denúncias. Em terceiro está Antonio Meade, de 49 anos. Economista e advogado, o candidato da situação, apoiado pelo presidente Enrique Peña Nieto (PRI), tem contra si a baixa popularidade do atual governo e o desgaste da legenda, após décadas no poder e denúncias de corrupção. Jaime Rodriguez Calderón, conhecido como "El bronco", é o quarto, com candidatura independente.
No México, não há segundo turno. O vitorioso cumprirá mandato de cinco anos e dez meses.