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Internacional

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 01:00

Votação sobre aborto mobiliza Buenos Aires

Feministas saíram às ruas vestidas de verde, ccor escolhida para representar sua reivindicação

Feministas saíram às ruas vestidas de verde, ccor escolhida para representar sua reivindicação


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
A quarta-feira foi um dia de grande mobilização em Buenos Aires, dentro e fora do Congresso argentino, em função do debate sobre a descriminalização do aborto até a 14ª semana de gravidez. Enquanto grupos feministas saíram às ruas vestidos de verde (cor escolhida para representar essa reivindicação), os chamados grupos pró-vida também se posicionam para ir às ruas.
A quarta-feira foi um dia de grande mobilização em Buenos Aires, dentro e fora do Congresso argentino, em função do debate sobre a descriminalização do aborto até a 14ª semana de gravidez. Enquanto grupos feministas saíram às ruas vestidos de verde (cor escolhida para representar essa reivindicação), os chamados grupos pró-vida também se posicionam para ir às ruas.
Na parte da tarde, dentro da Câmara dos Deputados, a previsão era de uma disputa acirrada, em uma sessão que iria até a madrugada desta quinta-feira. Segundo levantamento da imprensa local, os grupos contrários ao aborto lideravam por uma diferença pequena. Pela última atualização, o placar estaria em 126 contra o procedimento e 123 a favor, com cinco deputados indecisos.
Caso a proposta passe pela Câmara, deverá ir ao Senado, que tem maioria peronista, mas de um peronismo mais conservador. Ainda assim, as vozes pró-aborto são muito otimistas. "O voto dos deputados é importante, porque, historicamente, responde à voz das ruas. E as ruas estão pressionando muito a favor. Se passar por eles, é difícil que o Senado barre", acredita a escritora e ativista Claudia Piñeiro.
Os que se posicionam contra também estão em ampla campanha. Membros da Igreja se reuniram com parlamentares conservadores nos últimos dias, e ativistas pró-vida mandaram fetos de plástico dentro de caixões a congressistas para pedir o voto pelo "não".
Apesar de o Executivo contar com vários expoentes do "não", como o próprio presidente Mauricio Macri e sua vice, Gabriela
Michetti, ambos defendem que uma decisão parlamentar a favor da lei não deva ser vetada. Ou seja, se passar também entre os senadores, já terá ganho. "Não vetarei a decisão dos congressistas", garante Macri.
A Argentina entraria, então, para um pequeno grupo de países da América Latina que liberam o aborto por decisão autônoma da mulher, sem necessidade de passar por cortes, até a 14ª semana de gravidez. Apenas Uruguai e Cuba têm legislações semelhantes.
A lei em votação não se limita a legalizar o aborto e inclui um pacote de medidas de acompanhamento à gravidez vulnerável e de assistência a gestantes adolescentes, além de exigir que uma lei já existente, de educação sexual, seja reformada e, de fato, cumprida - até hoje, ela era uma espécie de letra morta, não respeitada por colégios religiosos.
 
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