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Internacional

- Publicada em 07 de Junho de 2018 às 23:45

Marte já teve química orgânica essencial à vida

Seis anos após chegada no Planeta Vermelho, veículo Curiosity fez grande descoberta

Seis anos após chegada no Planeta Vermelho, veículo Curiosity fez grande descoberta


NASA/AFP/JC
A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou, nesta quinta-feira, uma grande descoberta realizada pelo seu jipe Curiosity em Marte. Já era sabido que, em seu passado remoto, o Planeta Vermelho foi habitável - ou seja, tinha a capacidade de preservar água em estado líquido na superfície. Agora, graças ao veículo, que desbrava o solo marciano desde 2012, sabe-se que ele tinha, na mesma época, os ingredientes necessários para a vida - moléculas orgânicas complexas. As informações são da Agência Folhapress.
A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou, nesta quinta-feira, uma grande descoberta realizada pelo seu jipe Curiosity em Marte. Já era sabido que, em seu passado remoto, o Planeta Vermelho foi habitável - ou seja, tinha a capacidade de preservar água em estado líquido na superfície. Agora, graças ao veículo, que desbrava o solo marciano desde 2012, sabe-se que ele tinha, na mesma época, os ingredientes necessários para a vida - moléculas orgânicas complexas. As informações são da Agência Folhapress.
Ao analisar amostras colhidas na cratera Gale com idade de cerca de 3 bilhões de anos, o robô concluiu que havia abundância de compostos orgânicos no planeta. Com efeito, os resultados sugerem um conteúdo orgânico comparável ao de rochas sedimentares ricas nessas substâncias aqui da Terra. Com a descoberta, a agência dos EUA não afirma que houve vida em Marte, mas que os ingredientes para tal estavam lá - água e moléculas orgânicas.
O principal objetivo do Curiosity, assim que chegou a Marte, era achar esses compostos. E a busca não foi fácil. Nas primeiras tentativas, nos 100 dias iniciais da missão, a melhor definição para o resultado era "fracasso". A quantidade de compostos simples era tão pequena que não se podia descartar contaminação da Terra enviada dentro do jipe ou que a fonte desses compostos fossem asteroides a colidir com o planeta.
A equipe do Curiosity, no entanto, perseverou, procurando rochas mais adequadas para a busca. No fim de 2014, eles anunciaram um grande avanço: uma das amostras recolhidas mostrava uma quantidade de moléculas orgânicas simples tal que se podia descartar qualquer contaminação.
Ainda assim, eram moléculas pequenas, muito longe do que seria necessário para a vida. A hipótese era a de que, na origem, havia moléculas orgânicas mais complexas, que foram destruídas por percloratos e tiveram seus átomos recombinados nos compostos simples detectados. Os percloratos são moléculas feitas de oxigênio e cloro, mas que, quando suficientemente aquecidas, se quebram e destroem qualquer molécula orgânica maior que esteja perto.
Quase quatro anos depois, chegou a resposta definitiva: analisando amostras ainda melhores, e se concentrando apenas nos gases evaporados delas a temperaturas bem altas (assim, descartando o que pudesse ser ação de percloratos ou qualquer outro contaminante vindo da Terra), os pesquisadores encontraram moléculas orgânicas relativamente grandes e que provavelmente compunham cadeias de moléculas ainda maiores. O artigo científico reportando a descoberta, que tem como primeira autora Jennifer L. Eigenbrode, da Nasa, sai na edição desta sexta-feira da revista Science.
 
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