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saúde

- Publicada em 27 de Maio de 2022 às 13:49

Após divergências, IPE Saúde vai pagar R$ 150 milhões a hospitais gaúchos

Em março, hospitais ameaçaram suspender atendimentos do IPE caso demandas não fossem atendidas

Em março, hospitais ameaçaram suspender atendimentos do IPE caso demandas não fossem atendidas


Carolina Greiwe/Divulgação IPE Saúde/JC
Fernanda Soprana
Atualizada às 16h37min de 27/05/2022
Atualizada às 16h37min de 27/05/2022
Após mais de um mês de deliberações, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) anunciou na quinta-feira (26) que realizará um pagamento extraordinário de R$ 150 milhões aos hospitais, clínicas e laboratórios parceiros. A quantia deve chegar às instituições na terça-feira (31), segundo a entidade — que acatou esta e outras demandas das 40 principais instituições de saúde para evitar a suspensão dos atendimentos e rescisão do contrato.
Novas tabelas de medicamentos, diárias e taxas hospitalares ainda foram publicadas em segunda edição do Diário Oficial do Estado (DOE), que define os valores pagos aos prestadores pelas medicações implementadas nos tratamentos dos usuários do IPE Saúde. Com a atualização, a remuneração foi reajustada em 10,89% nos preços de 437 itens para adequá-la aos valores de mercado. 
O instituto também publicou regulamentações para alterar as diárias de internação, que aumentaram em 15% para os leitos ocupados, junto à majoração das taxas de infusão em procedimentos oncológicos. A nova portaria ainda prevê a possibilidade de revisões anuais, para acompanhar os preços de mercado, e a apreciação de pedidos dos hospitais pela readequação, quando necessária. 
Em nota, o IPE Saúde destaca que "para além da sustentabilidade financeira, as ações de reestruturação têm como foco os usuários, visto que as mudanças também englobam estudos da rede credenciada e a revisão dos honorários médicos, no sentido de revisar o valor das consultas pagas".
Em movimento liderado pelas federações dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS (FEHOSUL) e das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS, as instituições de saúde que prestam serviço aos usuários do IPE Saúde decidiram notificar a autarquia estadual e o instituto em meados de março, após reunião presencial em Porto Alegre. O documento, protocolado na sede do IPE, mencionava a possibilidade de suspender os atendimentos e até rescindir o contrato caso as demandas não fossem cumpridas. As duas partes realizaram reuniões técnicas ao longo do mês para resolver a questão.
Em nota conjunta enviada na tarde desta sexta-feira, as federações alegam que receberam com "estupefação e incredulidade as medidas anunciadas pela Presidência do IPE Saúde". A nota afirma ainda que, ao longo de mais de 70 dias, técnicos das entidades e do IPE Saúde trabalharam para "encontrar soluções que pudessem viabilizar econômicofinanceiramente a autarquia, manter a sustentabilidade assistencial de hospitais e clínicas e entregar uma assistência de qualidade aos mais de 1 milhão de beneficiários do plano de saúde".
As entidades representativas dizem, também, que realizaram sucessivas reuniões com dirigentes do IPE Saúde, a última delas 24 horas antes do "anúncio unilateral das medidas, com encaminhamentos recíprocos ajustados consensualmente, muito diferentes do que foi dado a conhecer", conforme diz a nota.
Por fim, as federações afirmam que convocaram uma reunião extraordinária, para o início da próxima semana, de seus filiados e representados, com o objetivo de "analisar esta dramática situação as entidades representativas". Segundo a nota, nesta oportunidade em que será adotada uma decisão coletiva das instituições credenciadas ao IPE Saúde.
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