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Memória

- Publicada em 21 de Janeiro de 2022 às 14:55

Morre jornalista Elton Jaeger, ex-editor de automobilismo do Jornal do Comércio

Jaeger foi pioneiro na cobertura automobilística no RS e no Brasil

Jaeger foi pioneiro na cobertura automobilística no RS e no Brasil


Janos Jaeger/Acervo Pessoal/JC
Diego Nuñez
Faleceu o jornalista Elton Jaeger, aos 85 anos, na noite de quinta-feira (20). Jaeger trabalhou no Jornal do Comércio entre 1984 e 1996. Foi repórter, colunista, editor e editor executivo do JC. Durante os 12 anos em que atuou no jornal, Jaeger se tornou uma referência na cobertura automobilística no jornalismo gaúcho.
Faleceu o jornalista Elton Jaeger, aos 85 anos, na noite de quinta-feira (20). Jaeger trabalhou no Jornal do Comércio entre 1984 e 1996. Foi repórter, colunista, editor e editor executivo do JC. Durante os 12 anos em que atuou no jornal, Jaeger se tornou uma referência na cobertura automobilística no jornalismo gaúcho.
Elton foi repórter e editor do caderno Automobilismo e Turismo, que rodava semanalmente no JC nas décadas de 1980 e 1990. Nele, escrevia também a coluna Fora de Giro, veiculando informações exclusivas e análises do mundo automobilístico na página 2 do caderno.
O jornalista alcançou reconhecimento tanto no meio da comunicação quanto no setor do automobilismo. Descrito por colegas como competente, era referência na área e acompanhava os principais momentos do automobilismo gaúcho e brasileiro.
“Na época (do autódromo) de Tarumã, estava presente. Acompanhava também pilotos gaúchos que iam competir em pistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Onde tinha evento automobilístico importante, ele estava lá. Era um jornalista de mão cheia. Conhecia pilotos, dava entrevistas exclusivas, era muito bem quisto na categoria. Conquistou reconhecimento nacional e até internacional”, relata o editor de Opinião do Jornal do Comércio, Roberto Brenol.
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Registro mais antigo de Elton Jaeger no Jornal do Comércio encontrado, datado de 25 de outubro de 1985
Jaeger foi um dos pioneiros do jornalismo automobilístico não só do Rio Grande do Sul, mas como do País. Ele esteve presente em todos os primeiros 25 Grandes Prêmios (GPs) de Fórmula 1 do Brasil - desde o primeiro, em 1972, até o 25º, em 1997, quando deixou de cobrir as corridas de carros para circular em outros setores do mundo dos automóveis.
Entre os autódromos de Interlagos (SP) e de Jacarepaguá (RJ) e viajando às pistas mais famosas do mundo, Jaeger foi testemunha ocular do bicampeonato de Emerson Fittipaldi da F1 (1972 e 1974) e do tricampeonato de Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987). Acompanhou a era Michael Schumacher. Era fã de Niki Lauda. Viu o início das carreiras, desde o kart, de Ayrton Senna e Rubinho Barrichello.
O ex-editor do JC sempre esteve muito presente no meio automobilístico. Nos primórdios da F1, quando havia menos recursos no esporte, viajava junto e dormia nos mesmos quartos de pilotos renomados.
O jornalista era bem relacionado especialmente com Fittipaldi. Certa vez, em Joanesburgo, capital da África do Sul, foi presenteado com um whisky, um Chivas 25 anos, pelo piloto. Bebida que preservou por décadas em sua casa.
“Quando o Emerson (Fittipaldi) tinha presença (na pista) em Guaporé, ele ia até Lajeado, onde meu pai morava, para alugar um Fiat 147. Uma vez, voltando de Guaporé, deu carona para a minha irmã, a Giulia. Eles foram descendo aquelas curvas perigosas a 120 km/h, 140 km/h. Minha irmã apavorada e ele falando das paisagens bonitas do Vale do Taquari", relembra Janos Jaeger, um dos cinco filhos de Elton.
Todos são fãs do pai. “Era nosso herói”, definiu Janos. Giulia adorava acompanhar o pai nas coberturas automobilísticas: "Quando éramos crianças, e íamos direto da corrida de domingo para o Jornal do Comércio, eu fugia do carro para ir para dentro da redação. Na época era com máquina de escrever, eu achava tudo o máximo lá dentro".
"Meu pai foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir F1. Começou junto com o Reginaldo Leme. Ele dizia que 'a tecnologia na comunicação é boa, mas tirou toda a graça'. Ele gostava é de ficar no meio das pistas. Nas pistas de fora do país, tinha que fazer a foto e revelar correndo para enviar para o Brasil”, comenta Giulia.
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Elton Jaeger com os filhos Janos e Giulia no Autódromo de Tarumã
Segundo o livro “Das pistas para a história”, de Leandro Sanco, o jornalista cobria provas no interior do Estado, enquanto também acompanhava o esforço de Antônio Pegoraro, então presidente da Automóvel Clube do RS, para concluir as obras do autódromo de Tarumã.
"Em muitas oportunidades, o acompanhei com o objetivo de conseguir ajuda financeira e de máquinas. (...) Lembro de uma madrugada, quando o asfaltamento da pista foi concluído, na reta dos boxes. Foi um foguetório", conta o próprio Elton no livro.
Ainda segundo “Das pistas para a história”, o ex-editor do JC cobriu 121 GPs de F1 e foi o único jornalista a cobrir todo o Rallye da Integração Nacional, em 1971, disputado em Fortaleza, Ceará e Chuí, no Rio Grande do Sul.
O falecimento ocorreu na quinta-feira (20) às 19:45 no Instituto de Cardiologia em Porto Alegre de causas naturais - insuficiência cardíaca e renal. O velório de Elton Jaeger acontece nesta sexta-feira (21), entre as 10 e as 17h, na sala 3 do Crematório Metropolitano.
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No Jornal do Comércio, Elton Jaeger foi repórter, colunista, editor e editor executivo
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