Embora ainda não haja data prevista para o início da imunização de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19, o Rio Grande do Sul aguarda pelas orientações e aquisição de imunizantes da Pfizer pelo Ministério da Saúde para organizar a vacinação desse grupo, que chega a mais de 968,9 mil pessoas no Estado.
Autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (16), a aplicação da vacina ainda depende da chegada de doses específicas para o púbico infantil ao País.
A expectativa é de que o processo seja agilizado a partir de janeiro de 2022 pelo governo federal, apesar de o presidente
Jair Bolsonaro ser contra a medida.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), há 968.960 crianças dentro da faixa etária apta à vacinação no RS, o que representa cerca de 8,4% da população gaúcha.
Desde o anúncio da Anvisa, os gestores estaduais e municipais aguardam os próximos desdobramentos, mas dependem das determinações do Plano Nacional de Imunização (PNI) para organizarem as estruturas necessárias.
Até o momento, não há doses para o público infantil encomendadas pelo Ministério junto à Pfizer.
Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o início da operacionalização depende da análise das especificidades técnicas da vacina, capacitação específica para a rede de vacinadores e chegada dos imunobiológicos.
O diretor da Diretoria de Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, ressalta que esses pontos são essenciais para o início do processo de vacinação de crianças. O público estimado em Porto Alegre é de cerca de 120 mil crianças.
De acordo com a enfermeira chefe do Núcleo de Imunizações Zona Sul da SMS, Renata Capponi, o fato de a bula da vacina para crianças ter sido aprovada pela Anvisa não é suficiente para que esse público seja imunizado. “É necessário que o Ministério da Saúde adquira a vacina e, depois, inclua o grupo no Plano Nacional de Imunização contra Covid-19, o que é condição para que a vacina seja incorporada à campanha de vacinação”, disse.