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Geral

- Publicada em 14 de Outubro de 2021 às 20:18

Parceria com iniciativa privada deverá viabilizar a retomada do Carnaval de Porto Alegre

Desfiles das escolas de samba no Complexo do Porto Seco serão entre 18 e 20 de março

Desfiles das escolas de samba no Complexo do Porto Seco serão entre 18 e 20 de março


JOÃO MATTOS/JC
Fernanda Crancio
Confirmada para o período de 18 a 20 de março de 2022, dentro do calendário oficial dos 250 anos de Porto Alegre, a volta dos desfiles do Carnaval da Capital movimenta a rotina das agremiações e comunidades, que terão de trabalhar contra o relógio para acelerar a preparação da festa e superar os impactos da pandemia, que cancelou a programação deste ano e impossibilitou a promoção de eventos para arrecadar recursos para as escolas de samba. Aos poucos, essas atividade vêm sendo retomadas, mas é o apoio da iniciativa privada que as entidades carnavalescas aguardam para conseguir dar forma ao tão esperado reencontro com o público no Complexo do Porto Seco.
Confirmada para o período de 18 a 20 de março de 2022, dentro do calendário oficial dos 250 anos de Porto Alegre, a volta dos desfiles do Carnaval da Capital movimenta a rotina das agremiações e comunidades, que terão de trabalhar contra o relógio para acelerar a preparação da festa e superar os impactos da pandemia, que cancelou a programação deste ano e impossibilitou a promoção de eventos para arrecadar recursos para as escolas de samba. Aos poucos, essas atividade vêm sendo retomadas, mas é o apoio da iniciativa privada que as entidades carnavalescas aguardam para conseguir dar forma ao tão esperado reencontro com o público no Complexo do Porto Seco.
Essa parceria, ainda em tratativas entre a prefeitura e uma produtora de São Paulo, deve ser fechada nos próximos dias. A ideia, segundo o secretário Extraordinário para os 250 anos, Rogério Beidacki, é que a empresa assuma a gestão do Carnaval e destine um aporte financeiro às escolas. "Estamos prestes a fechar a parceria, a prefeitura entraria com a infraestrutura de limpeza, organização, serviço da EPTC, Guarda Municipal, iluminação, etc., já que aporte financeiro do município às escolas não vamos ter", comenta Beidacki.
Segundo ele, o município tem mantido amplo diálogo com as escolas desde o início do ano, e buscado soluções para viabilizar os desfiles. "Estamos em um esforço brutal para conseguir ter o Carnaval que a cidade merece. E ele vai acontecer nos 250 anos de Porto Alegre", destaca o secretário.
Aguardada com ansiedade pela comunidade carnavalesca e pelos foliões, que apostam no avanço da vacinação contra a Covid-19 e na estabilidade dos números da pandemia para a retomada da grande festa popular, a programação sugerida inicialmente pela União das Escolas de Samba de Porto Alegre (Uespa) previa quatro dias de desfiles, permitindo uma melhor organização das escolas. No entanto, a inclusão do Carnaval na programação de comemoração do aniversário da cidade acabou sendo acertada em conjunto entre escolas e município, que fecharam a questão para três dias de desfile.
"Ficou uma data consensual e anunciada com destaque no lançamento do selo dos festejos dos 250 anos da cidade, no final de setembro", afirma o presidente da União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre (Uecgapa), Richer Kniest.
Segundo ele, como não houve na gestão passada, do prefeito Nelson Marchezan Júnior, destinação orçamentária para o Carnaval, não há possibilidade de a administração investir diretamente nas 24 escolas que desfilam na Capital. Por isso, as agremiações apostam em ensaios abertos à comunidade, promoção de feijoadas e outros eventos, dentro das limitações e protocolos sanitários, para arrecadar recursos que possibilitem o andamento da engrenagem das agremiações.
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A falta de aporte público no Carnaval tem sido frequente nos último anos, tanto que a festividade ficou três edições sem verba da administração municipal, acentuando as dificuldades das escolas, que chegaram a não realizar desfile em 2018. Uma forma encontrada pelo Executivo da Capital para colaborar com as comunidades será a realização de oficinas artísticas e técnicas nas escolas de samba, o programa Oficinas do Carnaval, que será viabilizado por meio do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte) e destinará recursos às entidades participantes. A iniciativa chegou a ser lançada em janeiro deste ano, e começaria em fevereiro, mas acabou cancelada pela pandemia, junto com a realização do Carnaval.
"A prefeitura tem sido parceira em busca de patrocínio para viabilizar o desfile e, em contrapartida, as ligas buscam trabalhar com produtoras que possam investir na indústria do Carnaval. A forma de acontecer o Carnaval 2022 é com a iniciativa privada", enfatiza Knies.
Segundo ele complementa, as escolas estão trabalhando, cada uma no seu ritmo, para driblar os custos fixos e preparar a volta dos desfiles, e aguardam os desdobramentos das negociações entre a prefeitura e a futura empresa patrocinadora para deslanchar, de fato, a preparação do evento.
Com esse propósito, os presidentes das escolas têm se reunido, trabalhado no planejamento do evento e encaminhado sugestões à prefeitura. No mês passado, após um desses encontros, nota publicada no site da Uecgapa destacou a aposta na realização do Carnaval com segurança, a partir do avanço da vacinação. "Há consciência por parte de todos os envolvidos de que a pandemia permanece, porém, é necessário dar andamento aos trabalhos e buscar recursos para garantir a realização do evento em 2022", finalizou a entidade.
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