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- Publicada em 13 de Outubro de 2021 às 19:04

No Brasil, maioria dos homicídios ainda fica sem solução

Rio Grande do Sul têm 52% de resolução desses crimes, ficando em uma faixa intermediária

Rio Grande do Sul têm 52% de resolução desses crimes, ficando em uma faixa intermediária


CLAITON DORNELLES/JC
Mais da metade dos homicídios no Brasil ficam sem resposta, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz. O indicador de esclarecimento até avançou nos últimos anos, chegando a 44% na pesquisa mais recente, mas só quatro estados são classificados como tendo alta eficácia na investigação e responsabilização de assassinatos.
Mais da metade dos homicídios no Brasil ficam sem resposta, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz. O indicador de esclarecimento até avançou nos últimos anos, chegando a 44% na pesquisa mais recente, mas só quatro estados são classificados como tendo alta eficácia na investigação e responsabilização de assassinatos.
Segundo a pesquisa, o líder Mato Grosso do Sul (89%) é seguido por Santa Catarina, com 83%, Distrito Federal, 81%, e Rondônia, 74% de resolução. Só esses quatro estados aparecem com alta eficácia de esclarecimento. Outros oito estados são classificados como tendo média eficácia (entre 66% e 33% de esclarecimento), enquanto outros cinco estão abaixo de 33%, o que os coloca em posição de baixa eficácia. No Rio de Janeiro, o segundo estado onde menos se resolve homicídios, a porcentagem é de 14%. Rio Grande do Sul e São Paulo ficaram em uma faixa intermediária, com, respectivamente, 52% e 46% de resolução.
Ao longo de quatro edições da pesquisa, somente dois estados apresentaram aumentos contínuos no esclarecimento de assassinatos: Espírito Santo e Rondônia. O Rio Grande do Sul apresentou uma diminuição na porcentagem, comparado a pesquisa de 2016 (58%) e 2015 (65%).
O estudo do Sou da Paz acionou todos os estados em busca de informações de esclarecimento de homicídios. Dezesseis deles e o Distrito Federal responderam com dados para a análise. A pesquisa leva em consideração assassinatos cometidos em 2018 (ano em que foram registrados mais de 48 mil homicídios dolosos) que tenham sido resolvidos com apresentação de denúncia no mesmo ano ou até o fim de 2019.
Segundo a diretora executiva do Sou da Paz, Carolina Ricardo, alguns estados realizam a gestão profissional das instituições e se baseiam em métricas e resultados. “O Mato Grosso do Sul tem um monitoramento permanente que é muito bom. O Espírito Santo, que está num patamar intermediário, mas vem subindo ano a ano, tem seu governador na mesa acompanhando os indicadores de elucidação", complementa.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, Adriano Geraldo Garcia, já existe uma cultura nas forças policiais do estado de dar resposta rápida aos familiares e à sociedade nos crimes contra a vida. Em algumas cidades, a solução de homicídios é de 100%. "Temos indicadores de solução de homicídios melhores até que dos Estados Unidos e de outros países desenvolvidos."
O indicador nacional que aponta 44% de resolução de casos deixa o Brasil abaixo da média mundial, que é de 63%, segundo dados reunidos em 72 países. A porcentagem brasileira, no entanto, é compatível com a média de 18 países das Américas (região do mundo onde menos se esclarece assassinatos), que é de 43%. Na Europa, o indicador é de 92%.
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