Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 04 de Outubro de 2021 às 20:27

Vacinação contra a gripe em 2021 supera 2019 em 18% em Porto Alegre, mas é menor que 2020

De nove grupos prioritários, apenas o de idosos apresentou crescimento nos últimos anos

De nove grupos prioritários, apenas o de idosos apresentou crescimento nos últimos anos


CRISTINE ROCHOL/PMPA/JC
Porto Alegre conseguiu imunizar 774.160 pessoas contra influenza (gripe) neste ano. O público estimado previsto era de 728.909 pessoas. O número é maior do que o de 2019, quando 652.198 mil pessoas foram imunizadas, e menor do que o de 2020, quando 842.234 receberam a vacina da influenza. Apesar do aumento em relação ao ano pré-pandemia, houve uma queda na procura da vacina por alguns grupos prioritários.
Porto Alegre conseguiu imunizar 774.160 pessoas contra influenza (gripe) neste ano. O público estimado previsto era de 728.909 pessoas. O número é maior do que o de 2019, quando 652.198 mil pessoas foram imunizadas, e menor do que o de 2020, quando 842.234 receberam a vacina da influenza. Apesar do aumento em relação ao ano pré-pandemia, houve uma queda na procura da vacina por alguns grupos prioritários.
"Alguns públicos alvos modificaram. Esse número de 774 mil só foi possível depois que abrimos a vacinação para qualquer idade", afirma o diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter.
Ele entende que a diferença nos números de 2019 e 2020 é justificada pelo início da pandemia. "Houve uma confusão sobre a vacina da influenza e a proteção contra o coronavírus. Pessoas que nunca tinham sido vacinadas, mesmo sendo do grupo alvo, resolveram se vacinar." Já a diferença de 2020 para 2021, segundo ele, ocorreu devido a uma recomendação inicial de intervalo de 14 dias entre as vacinas.
De nove grupos prioritários, apenas um apresentou crescimento nos últimos anos: o de idosos. A estimativa para esse público é de 304,3 mil, conforme dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, 348,5 mil idosos foram vacinados contra a influenza. Em 2020, 432,2 mil e, em 2021, mais de 497,4 mil.
Em grupos como profissionais da saúde e trabalhadores das forças de segurança e salvamento, por exemplo, foi identificado um grande aumento entre 2019 e 2020. Em 2019, mais de 83,5 mil profissionais da saúde foram vacinados. No ano seguinte, o número saltou para 124,5 mil - 49% a mais. Já o outro grupo, das forças de segurança e salvamento, teve 6 mil profissionais vacinados em 2019 e 28,2 mil em 2020 - aumento de 365%. Os dois grupos, porém, apresentaram números menores em 2021: apenas 53 mil profissionais da saúde e 1,9 mil trabalhadores das forças de segurança e salvamento se vacinaram neste ano.
Em todos os grupos restantes houve diminuição. "Antes tinha aquela determinação do Ministério da Saúde, de esperar 14 dias entre a aplicação da vacina da Covid-19 e da influenza. A campanha da gripe iniciou bem na época em que os professores e profissionais da segurança estavam se vacinando contra a Covid-19", pontua Ritter. Para ele, essa espera entre a dose de um imunizante e de outro, pode ter feito com que algumas pessoas não fossem buscar a vacina da gripe. Nos últimos três anos, 2019 foi o que mais atingiu os públicos de cada grupo prioritário.
"Crianças, gestantes, puérperas, profissionais da segurança e professores foram os que mais baixaram", analisa o diretor. Em comparação com o ano pré-pandemia, em 2021 houve uma redução de 60,9% no número de crianças vacinadas - 154,6 mil em 2019, 132,2 mil em 2020 e 60,3 mil em 2021.
Neste ano, apenas 6,3 mil gestantes procuraram a vacina, número 67% menor do que em 2019, quando mais de 19,3 mil foram vacinadas. "Também houve uma confusão sobre a segurança da vacina da Covid-19 para as gestantes e isso pode ter afastado esse público", argumenta Ritter.
A vacinação contra influenza ainda está acontecendo para todos os públicos em 125 unidades de saúde, com 43 mil doses disponíveis. "Deixamos algumas reservadas para gestantes, puérperas e crianças, porque sempre têm. A vacinação segue acontecendo até acabar, porque o Ministério da Saúde só enviará mais doses no ano que vem", afirma Ritter.
Mas a vacina também está disponível na rede privada. Nas clínicas de vacinação de Porto Alegre, o valor varia entre R$ 70,00 e R$ 150,00. Agora não há mais a necessidade de esperar 14 dias entre as doses da Covid-19.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO