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Geral

- Publicada em 30 de Setembro de 2021 às 17:26

Vacinação infantil é foco de campanha que começa nesta sexta-feira

Campanha busca vacinar crianças e adolescentes com doses em atraso

Campanha busca vacinar crianças e adolescentes com doses em atraso


CLAUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/JC
A campanha nacional de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos começa nesta sexta-feira (30). O objetivo da ação é colocar em dia as doses que estejam em atraso no calendário de vacinação. Ao todo, são previstos 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos, fora as que ocorrem em campanhas específicas, como a da gripe e da Covid-19.
A campanha nacional de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos começa nesta sexta-feira (30). O objetivo da ação é colocar em dia as doses que estejam em atraso no calendário de vacinação. Ao todo, são previstos 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos, fora as que ocorrem em campanhas específicas, como a da gripe e da Covid-19.
A campanha de multivacinação tem previsão de ir até 29 de outubro, sendo que para este sábado (2/10) está previsto o “Dia D” de mobilização, data que se orienta aos municípios a abertura extraordinária de postos de vacinação. Confira abaixo o público estimado no Rio Grande do Sul por faixa etária.
A secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, destaca a importância da regularização do cronograma vacinal. "Os pais precisam ser cuidadosos e voltar aos postos para colocar em dia a carteira de vacinação dos filhos. Além disso, as mulheres devem retomar, assim que possível, os cuidados com a saúde, fazendo a mamografia e o preventivo de colo", apela.
Por conta da pandemia, a queda na procura por essas vacinas de rotina se acentuou em 2020, conforme dados da Secretaria da Saúde (SES). Considerando dez das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação de atingir ao menos 95% do público da idade preconizada nos últimos quatro anos, sendo que em 2020 nenhuma ficou acima dos 90%. Isso faz com que exista a possibilidade de doenças já erradicadas voltarem a circular ou que aquelas que vinham com baixos índices aumentem. 
Uma das ameaças com a queda na vacinação infantil é a volta da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A doença é causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes contaminadas ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. O último caso de poliomielite registrado nas Américas ocorreu no Peru em 1991, e o continente americano recebeu o Certificado de Eliminação do Poliovírus Selvagem em 1994. No Brasil, o último caso confirmado ocorreu na Paraíba em 1989, e no RS em 1983, em Santa Maria.
Porém, mesmo sem registrar casos de pólio há quase 30 anos, o risco de reintrodução da doença existe, pois o vírus permanece circulando em dois países no mundo: Paquistão e Afeganistão. Ou seja, pode haver casos de importação da doença. A maneira mais efetiva de manter o país sem casos de poliomielite é a vacinação. Como o país e o RS não alcançam as metas de coberturas vacinais há cinco anos, existe possibilidade de formação de bolsões suscetíveis à doença e, com isso, o alto risco de reintrodução da poliomielite.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, explica algumas das razões da queda nos índices que o Rio Grande do Sul e o Brasil registram nos últimos anos. “Na medida em que as doenças passam a não circular mais, justamente porque se mantiveram elevadas coberturas vacinais, principalmente a partir dos anos 2000, muitas doenças tornaram-se desconhecidas, fazendo com que algumas pessoas não tenham noção do perigo representado por elas”, aponta.
Além da pólio, índices baixos de vacinação aumentam os riscos para outras doenças imunopreveníveis, como coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus, hepatites A e B, entre outras.

Público estimado no RS por faixa etária

  • 0 a 4 anos: 632.849
  • 5 a 9 anos: 664.921
  • 10 a 14 anos: 710.240
  • Total 0 a 14 anos: 2.008.010
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