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Geral

- Publicada em 27 de Setembro de 2021 às 10:33

Cerca de 5 mil pessoas são dispersadas em Porto Alegre no fim de semana

Dejetos descartados de forma inadequada pelos grupos precisa ser recolhido pelo DMLU

Dejetos descartados de forma inadequada pelos grupos precisa ser recolhido pelo DMLU


Mateus Raugust/PMPA/JC
Cristine Pires
Atualizada às 11h45min - O trabalho realizado pelas forças de segurança do Estado para dispersar a aglomeração de pessoas segue a pleno para garantir que os protocolos de segurança em relação à Covid-19 sejam cumpridos. Os fins de semana têm sido de ações contínuas, já que tem sido comum a formação de grupos, especialmente nos bairros boêmios de Porto Alegre.
Atualizada às 11h45min - O trabalho realizado pelas forças de segurança do Estado para dispersar a aglomeração de pessoas segue a pleno para garantir que os protocolos de segurança em relação à Covid-19 sejam cumpridos. Os fins de semana têm sido de ações contínuas, já que tem sido comum a formação de grupos, especialmente nos bairros boêmios de Porto Alegre.
Para se ter uma ideia, entre sexta-feira (24) e domingo (26), a operação integrada realizada pelas forças de segurança do Estado - Guarda Municipal, Brigada Militar, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Diretoria-Geral de Fiscalização da prefeitura de Porto Alegre – resultou na retirada de cerca de 4,9 mil pessoas das ruas. “Enquanto os protocolos sanitários estiverem em vigência, vamos agir”, afirma o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento.
Na sexta-feira (24), a operação Balada Segura resultou na autuação de 25 condutores e apreensão de sete veículos. As forças de segurança dispersaram cerca de 3 mil pessoas somente entre a noite de sexta e a madrugada de sábado (25). Durante o dia de sábado, as ações conseguiram conter a formação de grupos e fazer com que 1,3 mil pessoas deixassem os locais. No domingo, foram dissipados grupos com cerca de 600 pessoas.
Em função do grande volume de denúncias e das fiscalizações constantes, somente a Guarda Municipal precisar destacar um efetivo de 15 a 20 agentes por turno para combater as aglomerações. Nascimento explica que as abordagens se dão da maneira mais segura possível, com todos os cuidados para que não gerem danos nem para as pessoas que são orientadas e também às equipes que estão em serviço.
“Como o fim de semana tem mais interações sociais, o trabalho sempre é mais intenso”, comenta Nascimento, ao destacar que, em geral, a resposta é positiva. “Apenas quando há resistência para dissolver o grupo é que precisam iniciativas mais enérgicas”, explica o comandante.
Fernando Ritter, diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, diz que a Secretaria Municipal da Saúde segue muito preocupada, assim como a Vigilância, de manter o sistema de alerta. "Apesar de estar em queda, o número de pessoas hospitalizadas agora que chegou em um nível de estabilidade.  São 140 leitos de UTI ocupados no momento, e não tem conseguido baixar", afirma Ritter, ao enfatizar que os dados mostram que o vírus continua circulando e contaminando. "A situação de aglomeração é um fator determinante para isso, sim", alerta.
Segundo Ritter, as medidas mitigatórias, como uso de álcool em gel, máscaras e distanciamento estão sendo desrespeitadas todas ao mesmo tempo. "O cumprimento essas regras ocorre principalmente entre os jovens, que acreditam que não sofrem risco de desenvolver uma forma mais grave da doença. Mas isso aumenta o risco de contaminação, pois eles têm contato com familiares, pessoas acamadas, com comorbidades, e acabam transmitindo sem perceber."
Além disso, por melhor que esteja o ritmo da vacinação, completa ele, ainda não está dentro do que se busca. "Queríamos estar com 70% a 80% da população total com as duas doses, e estamos chegando perto dos 70% para pessoas acima de 12 anos com a primeira dose", informa. Outro problema apontado por Ritter diz respeito ao fato das faixas etárias entre 18 e 25 e de 35 a 50 que não querem se vacinar e que circulam pela cidade.
A participação em eventos e compartilhamento de espaços podem ocorrer, segundo ele, mas desde que sejam cumpridas as regras obrigatórias dos protocolos sanitários e de forma a evitar contato sem necessidade. "Essas medidas serão necessárias ainda por um bom período, para que não tenhamos a surpresa de uma nova variante que se propague", defende. 
Além do descumprimento das regras sanitárias, os grupos que se reúnem nas ruas da Capital também deixam um rastro de dejetos que comprometem a saúde ambiental da cidade. O descarte de lixo em locais inadequados é tamanho que a prefeitura precisa destacar equipes de serviços específicas para realizar a limpeza, como o que aconteceu na manhã desta segunda-feira (27) na Orça Moacyr Scliar, às margens do Guaíba.
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