A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a Operação Irmandade, voltada ao combate de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e armas no Rio Grande do Sul e em mais cinco estados. Ao todo, cerca de 330 agentes da segurança pública estiveram envolvidos na operação, responsáveis pelo cumprimento de 72 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva.
As investigações duraram dois anos. O intuito foi desmantelar uma organização criminosa de origem paulista que atuava em conjunto com uma facção sediada em São Leopoldo, na região do Vale dos Sinos, desde 2017 (pelo menos).
O valor movimentado, contando com a apuração que ainda está por vir do bloqueio de ativos bancários, em criptomoedas, junto com imóveis em São Leopoldo, chega a R$ 3,5 milhões.
Doze cidades gaúchas foram contempladas na operação: Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Guaíba, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Encruzilhada do Sul, Charqueadas, Montenegro e Quaraí. Bahia, Santa Catarina, Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul são os outros cinco estados.
Em meio às investigações, constatou-se que um preso sediado no Rio Grande do Sul mantinha vínculos com integrantes da facção de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, a ligação entre ambos envolvia uma logística que movimentava, mensalmente, R$ 12 milhões a partir do RS, além do tráfico de armas e drogas.