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- Publicada em 16 de Junho de 2021 às 16:59

Mediação sobre aulas presenciais tem primeiro acordo firmado no RS

Termo defende monitoramento rígido das aulas, para garantir segurança da comunidade escolar

Termo defende monitoramento rígido das aulas, para garantir segurança da comunidade escolar


ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Fernanda Crancio
Foi consolidado o primeiro acordo resultante das audiências de mediação sobre a volta às aulas presenciais no Rio Grande do Sul. O termo de compromisso, avalizado na segunda-feira (14) pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) e Associação de Pais e Mães pela Democracia (APMD), encontra-se em fase de homologação judicial.
Foi consolidado o primeiro acordo resultante das audiências de mediação sobre a volta às aulas presenciais no Rio Grande do Sul. O termo de compromisso, avalizado na segunda-feira (14) pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) e Associação de Pais e Mães pela Democracia (APMD), encontra-se em fase de homologação judicial.
Ainda restam outras duas audiências de mediação a serem realizadas ao longo de junho- no dia 23, entre a prefeitura e os representantes dos municipários da educação, e no dia 28, com a participação do governo do Estado e o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul(Cpers-Sindicato).
O acordo formalizado entre o grupo da educação privada resultou na elaboração de um termo de compromisso, que elenca recomendações para garantir a segurança de professores, alunos e escolas. Desde o dia 3 de maio começaram a ser retomadas as atividades do ensino presencial na rede particular, na sequência da publicação do decreto estadual, em 28 de abril, que regulou e autorizou as aulas presenciais em todos os níveis da Educação.
O documento foi elaborado de forma conjunta, a partir da mediação conduzida pela juíza Dulce Ana Oppitz, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Porto Alegre (CEJUSC-POA). O termo celebrado reforça o acordo entre as entidades e enfatiza as medidas de prevenção e controle do contágio no dia a dia das escolas. “O diálogo é o caminho para diminuirmos o espaço do conflito e construirmos as soluções possíveis e que se aproximem ao máximo de uma educação de qualidade e com segurança nessa situação pandêmica”, destacou a mediadora.
Entre os itens elencados no termo estão o compromisso de alertar professores e direção das escolas sobre a permanência dos riscos da Covid-19 e a exigência de rigor com as medidas de proteção à comunidade escolar, como manutenção de ações de enfrentamento, uso de máscara e álcool gel, distanciamento adequado e proibição de aglomerações. Também constam no acordo orientações sobre procedimentos a serem tomados em caso de suspeitas e de contaminação confirmada, além das responsabilidades de cada uma das instituições.
Segundo a diretora do Sinpro/RS, Cecilia Farias, o acordo celebra "as melhores possibilidades que tínhamos". "Quando a mediação começou as aulas já tinham sido retomadas. Agora, temos é de nos direcionarmos às necessidades de protocolos rígidos", comenta.
Ela avalia ainda ser pertinente a defesa de um escalonamento de turmas em sala de aula, bem como nos fluxos de entradas, saídas, em recreios e áreas comuns, para evitar aglomerações. "Fizemos o que podíamos, agora, temos de manter a vigilância", ressalta.
O presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, enalteceu o processo de mediação e os ajustes entre as partes, que permitiram “chegar a um entendimento o mais rápido possível".
Na avaliação de Cassiana Lipp, uma das coordenadoras do grupo Direito ao Ensino Não-Presencial na Pandemia, com o encerramento da mediação que envolve as instituições privadas e o avanço ainda lento da vacinação dos trabalhadores da educação, deve ser intensificado o monitoramento das escolas e incentivada a testagem dos grupos.
"A luta continua, torcemos para que os professores e trabalhadores da educação de todos os municípios consigam ser vacinados o quanto antes na totalidade, para que ocorra um quadro mais estável ao retorno presencial. Nosso grupo permanece acompanhando diariamente toda a evolução da conciliação, e temos tentado ajudar para melhorar as estruturas das escolas e o cumprimento dos protocolos, para que as escolas abram de maneira mais segura", afirma.
O termo de compromisso firmado entre o grupo da educação privada será incluído no processo judicial e homologado, para encerrar as questões que envolvem as instituições.
A primeira intermediação judicial, determinada pela juíza Cristina Marchesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, foi realizada no dia 3 de maio, em resposta a ações apresentada pela APMD, pelo Cpers-Sindicato, pela Federação dos Professores, Trabalhadores Técnicos e Administrativos e Auxiliares Empregados em Estabelecimentos de Ensino (Fette-Sul) e pelo Sinpro/RS, após a publicação do decreto estadual que permitiu a retomada das aulas presenciais.
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