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Geral

- Publicada em 08 de Junho de 2021 às 12:31

Motoristas de aplicativos protestam em carreata contra empresas em Porto Alegre

Condutores afirmam que Uber deixou de repassar tarifa dinâmica e que a saída da Cabify trouxe prejuízos

Condutores afirmam que Uber deixou de repassar tarifa dinâmica e que a saída da Cabify trouxe prejuízos


SIMTRAPLI/REPRODUÇÃO/JC
Diego Nuñez
Centenas de motoristas de aplicativos saíram às ruas de Porto Alegre na fria manhã desta terça-feira (8) em um protesto contra a situação de trabalho da categoria. Uma carreata saiu do Largo Zumbi dos Palmares, subiu a Av. Borges de Medeiros, dobrou na Av. Ipiranga para pegar a R. Salvador França e rumar até a sede da Uber, localizada na Av. Carlos Gomes, onde os motoristas se concentraram para realizar um buzinaço em frente à empresa.
Centenas de motoristas de aplicativos saíram às ruas de Porto Alegre na fria manhã desta terça-feira (8) em um protesto contra a situação de trabalho da categoria. Uma carreata saiu do Largo Zumbi dos Palmares, subiu a Av. Borges de Medeiros, dobrou na Av. Ipiranga para pegar a R. Salvador França e rumar até a sede da Uber, localizada na Av. Carlos Gomes, onde os motoristas se concentraram para realizar um buzinaço em frente à empresa.
No final de abril, a Cabify anunciou que encerrará suas atividades no Brasil em junho. Na última sexta-feira (4), segundo motoristas de aplicativo da capital gaúcha, a Uber deixou de repassar aos condutores o valor da tarifa dinâmica – que é quando o preço da corrida sobe quando há alta demanda por veículos.
Diversos carros levavam frases escritas na lataria como “devolvam nossa dignidade” e apelando por dignidade. “Você, motorista, que está cansado de ser deixado para trás, de ser palhaço da Uber, chegou a sua hora”, convocava o motorista Eder Marques em suas redes sociais.
Os condutores, além de alegarem que a empresa deixou de repassar o valor da tarifa dinâmica aos motoristas, afirmam que sofreram uma perda de 42% na remuneração durante os seis anos que a Uber atua no Rio Grande do Sul. O valor leva em conta a inflação e o aumento do preço da gasolina nos postos de combustíveis.
Há também a alegação que a empresa reduziu significativamente o valor por quilômetro rodado aos motoristas: “Quando começou, a Uber pagava R$ 1,45 por quilometro rodado, e hoje paga 90 centavos”, afirmou Carina trindade, secretária-geral do Sindicato dos Motoristas de Transporte Individual por Aplicativo (Simtrapli-RS).
À reportagem, a Uber alegou que "o sistema de preço dinâmico que está sendo testado em Porto Alegre há duas semanas não foi criado para ter nenhum impacto nos ganhos dos motoristas parceiros da Uber. Nos testes realizados de março a maio em outras cidades brasileiras, a Uber observou que os parceiros que usaram esse novo sistema ganharam a mesma coisa ou mais do que os que usaram os multiplicadores".
Em paralelo, enquanto buzinas soavam na Carlos Gomes, representantes do Simtrapli-RS se reuniam de forma remota com a Cabify, em audiência medida pelo Ministério Público (MP) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). 
“A Cabify é diferente dos outros aplicativos. Ela exige carros mais novos e muitos motoristas investiram para alcançar esse padrão. Saindo do Brasil assim, de repente, deixou muitos motoristas desassistidos”, afirmou Carina, que acompanhou a reunião.
Durante a audiência, o sindicato exigiu uma indenização da Cabify aos motoristas. Diante da recusa, o Simtrapli decidiu por levar a questão à Justiça.
Contatada, a Cabify ainda não respondeu à reportagem.
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