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Geral

- Publicada em 28 de Maio de 2021 às 12:05

Tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas no mundo em 2019

Estudos foram publicados às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, que ocorre no dia 31

Estudos foram publicados às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, que ocorre no dia 31


JOÃO MATTOS/arquivo/JC
Agência Brasil
O tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número de fumantes aumentou para 1,1 bilhão, mostram estimativas mundiais divulgadas hoje (28), acrescentando que 89% dos novos fumantes ficaram dependentes aos 25 anos. As estimativas são divulgadas pela revista médica The Lancet, que publica três estudos com dados sobre a prevalência do tabagismo em 204 países, em homens e mulheres com 15 ou mais anos, incluindo a idade de iniciação ao cigarro, as doenças associadas e riscos entre fumantes e ex-fumantes.
O tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número de fumantes aumentou para 1,1 bilhão, mostram estimativas mundiais divulgadas hoje (28), acrescentando que 89% dos novos fumantes ficaram dependentes aos 25 anos. As estimativas são divulgadas pela revista médica The Lancet, que publica três estudos com dados sobre a prevalência do tabagismo em 204 países, em homens e mulheres com 15 ou mais anos, incluindo a idade de iniciação ao cigarro, as doenças associadas e riscos entre fumantes e ex-fumantes.
Impostos mais altos sobre o tabaco, fim da adição de sabores, como mentol, em todos os produtos contendo nicotina, proibição da publicidade ao tabaco na internet, incluindo as redes sociais, e mais espaços livres para fumar são medidas apontadas para prevenir o tabagismo entre os mais jovens.
Os estudos, sintetizados em um comunicado da The Lancet, são publicados às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, que será comemorado segunda-feira (31). A China lidera a lista dos dez países com mais fumantes em 2019, totalizando 341 milhões de consumidores: um em cada três fumantes no mundo vivia há dois anos na China.
Depois da China, seguem-se Índia, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Bangladesh, Japão, Turquia, Vietnam e Filipinas. Juntos, esses países representam quase dois terços da população mundial de fumantes. Cerca de 87% das mortes mundiais associadas ao cigarro ocorreram entre fumantes ativos. Apenas 6% dos óbitos envolveram pessoas que tinham deixado de fumar há pelo menos 15 anos.
Em 2019, o tabagismo esteve ligado a 1,7 milhão de mortes por isquemia cardíaca, a 1,6 milhão de mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica, a 1,3 milhão por câncer da traqueia, brônquios e pulmão e a quase 1 milhão de mortes por acidente vascular cerebral. Segundo estudos anteriores, pelo menos um em cada dois fumantes de longo prazo morrerá de causas diretamente relacionadas com o tabagismo, sendo que eles têm perspectiva média de vida dez anos inferior à dos que nunca fumaram.
Globalmente, um em cada três homens e uma em cada cinco mulheres fumava, em 2019, o equivalente a 20 ou mais cigarros por dia. De acordo com as estimativas divulgadas pela The Lancet, no mesmo ano havia 155 milhões de fumantes entre os 15 e 24 anos. Em países como Bulgária, Croácia, Letônia, França, Chile e Turquia e na região autônoma dinamarquesa da Groenlândia, mais de um em cada três jovens fumavam.
Índia, Egito e Indonésia registraram os maiores aumentos no número de homens jovens fumantes, enquanto Turquia, Jordânia e Zâmbia os maiores aumentos no número de mulheres jovens fumantes, uma vez que "o progresso na redução da prevalência do tabagismo não acompanhou o aumento da população", acentuando o crescimento de fumantes jovens.
Mundialmente, em média, as pessoas começam a fumar regularmente aos 19 anos. Na Dinamarca, país mais "precoce", a idade média é 16,4 anos e no Togo, 22,5 anos. Na maioria dos países, a idade mínima legal para comprar cigarro é 16 ou 18 anos. Nos Estados Unidos, Uganda, Honduras, Sri Lanka, Samoa e Kuwait é 21 anos.
Um dos estudos estima que 273,9 milhões de pessoas usaram em 2019 tabaco de mascar (tabaco moído), que aumenta o risco de câncer oral, sendo que 83% residiam no sul da Ásia. O país "campeão" no consumo de tabaco de mascar é a Índia (185,8 milhões de consumidores, que representam mais de metade desses fumantes em escala mundial).
Os autores do estudo alertam para a necessidade de "regulamentações e políticas mais fortes" para conter a alta prevalência desse consumo em alguns países asiáticos.
No comunicado, a revista The Lancet adverte que os três estudos apresentam limitações, como o fato de os efeitos do hábito de fumar na saúde não incluírem o fumo passivo e os dados não englobarem o consumo de cigarros eletrônicos ou produtos de tabaco aquecido
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