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Segurança Pública

- Publicada em 14 de Maio de 2021 às 17:15

RS tem queda de 57,1% nos latrocínios em abril

SSP atribui bons resultados à ação integrada das forças de segurança

SSP atribui bons resultados à ação integrada das forças de segurança


Grégori Bertó/SSP/REPRODUCAO/JC
Após o aumento registrado em março, o número de roubos com morte no Rio Grande do Sul reduziu 57,1%, passando de sete casos em abril do ano passado para três no mesmo período de 2021. É o menor total para o período em toda a série histórica de contabilização desse tipo de crime, iniciada em 2002. Em relação ao pior momento já vivenciado no Estado, em 2016, quando houve 19 latrocínios em abril, o total atual representa uma queda de 84,2%.
Após o aumento registrado em março, o número de roubos com morte no Rio Grande do Sul reduziu 57,1%, passando de sete casos em abril do ano passado para três no mesmo período de 2021. É o menor total para o período em toda a série histórica de contabilização desse tipo de crime, iniciada em 2002. Em relação ao pior momento já vivenciado no Estado, em 2016, quando houve 19 latrocínios em abril, o total atual representa uma queda de 84,2%.
O resultado também ajudou a retomar a curva descendente no acumulado desde janeiro. Na comparação dos quatro primeiros meses deste ano e de 2020, há baixa de 23 para 20 casos (-13%), também a menor soma para o período desde o início do monitoramento das estatísticas. Frente ao pico de 72 ocorrências no 1º quadrimestre de 2016, a redução chega a 72,2%.
Entre os fatores que contribuem para o resultado, as autoridades apontam a alta resolutividade desse tipo de crime, com rápida identificação e prisão dos autores em 70% a 80% dos casos, além do acompanhamento sistemático e detalhado de cada uma das ocorrências pela Gestão de Estatística em Segurança (GESeg), que permite executar as ações de resposta dentro do Programa RS Seguro. Além disso, o planejamento com foco territorial e baseado na análise dos dados resultou na redução generalizada dos principais crimes contra o patrimônio, geradores de latrocínios.

Homicídios caem 32,4% no RS e 17,9% em Porto Alegre

Vítimas de homicídio em Porto Alegre em abril

Vítimas de homicídio em Porto Alegre em abril


REPRODUÇÃO/SSPRS/JC
Outro crime contra a vida que registrou redução no mês de abril foi o homicídio, considerado internacionalmente como principal indicador para acompanhamento dos níveis de violência. O total de vítimas em abril caiu 32,4%, de 176 no último ano para 119. É a sexta redução consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A última alta ocorreu em outubro de 2020, quando houve elevação em razão de conflitos pontuais na Serra.
O total de vítimas em abril é também o menor para o período desde 2006, que teve 112 óbitos, mesmo número do ano anterior, quando começou a série histórica de contagem. Frente ao pico do mês, com 244 assassinatos em 2017, a retração chega a 51,2%.
A tendência de queda nos homicídios se repete no cenário acumulado desde o início do ano. Na comparação dos intervalos entre janeiro e abril, a soma de vítimas de assassinatos baixou de 668 para 529, o que representa retração de 20,8% e 139 vidas preservadas. O total nesses quatro meses também é o menor para o período desde 2006, quando houve 481 óbitos.
A mudança de cenário provocada pela atual política de combate à criminalidade, implantada no primeiro eixo do Programa RS Seguro, se destaca na comparação com dados que antecedem o início do governo. O pior dado foi registrado em 2017, com 1.153 assassinatos no RS entre janeiro e abril. A comparação com a soma deste ano representa uma redução de 54,1% ou 624 mortes a menos.
A estratégia do foco territorial para combate ao crime nos locais em que mais ocorrem, orientado pelo acompanhamento constante da GESeg, se mantém como principal fator para redução dos assassinatos. No ranking de 10 maiores quedas de homicídios nos quatro primeiros meses de 2021 em relação a igual período do ano anterior, nove ocorreram em municípios que integram o grupo de 23 cidades priorizadas pela GESeg.
Deste conjunto, 17 municípios encerraram abril com queda ou estabilidade no número de assassinatos em relação a igual mês de 2020 – em oito deles, não houve nenhuma vítima: Capão da Canoa, Esteio, Farroupilha, Guaíba, Ijuí, Lajeado, Pelotas e Tramandaí.
Em Esteio, não ocorrem homicídios desde o início de 2021 – o último caso foi em dezembro do ano passado e foi o único naquele mês. Capão da Canoa, Farroupilha e Tramandaí já somam três meses seguidos sem assassinatos desde fevereiro, e Guaíba completou o segundo mês sem homicídios.
Outro destaque, fora do grupo de 23 cidades priorizadas, é Taquara, no Vale do Paranhana, que não registra assassinatos desde novembro de 2020 e havia somado seis vítimas no primeiro quadrimestre do último ano.
Em Porto Alegre, a retração nos homicídios atingiu novos recordes. Em abril, o número de vítimas de homicídios caiu 17,9%, de 28 no ano passado para 23 neste ano, o menor total desde 2010. Em relação à pior marca, de 70 mortes no quarto mês de 2016, o dado atual representa diminuição de 61,1%.
A Capital ainda lidera o ranking de reduções no acumulado desde janeiro, com baixa de 111 assassinatos no primeiro quadrimestre de 2020 para 88 em igual período de 2021 (20,7%). É também a menor soma nos últimos 11 anos e que representa 70,3% de retração na comparação com o pico de 2017, quando 296 gaúchos foram assassinados em Porto Alegre entre janeiro e abril.

Pela primeira vez, abril encerra com menos de 500 ocorrências de roubo de veículos

Roubo de veículos no RS em abril

Roubo de veículos no RS em abril


REPRODUÇÃO/SSPRS/JC
O roubo de veículos no Rio Grande do Sul decresceu quase pela metade em abril deste ano, comparado com o mesmo mês de 2020. O número de ocorrências caiu de 803 para 422, uma retração de 47,4%. É o menor total para o período desde o início da contagem desse tipo de crime e a primeira vez que abril encerra com menos de 500 registros. A diminuição chega a 72,2% ou 1095 ocorrências a menos na comparação com a marca mais alta da série, de 1.517 roubos de veículos no quarto mês de 2017.
O roubo de veículos é um dos indicadores permanentes do foco territorial da GESeg no RS Seguro, o que também garante acompanhamento intensivo nos municípios que concentram a maior parte desse tipo de crime e repercute na queda no âmbito geral do Estado. No conjunto dos 23 municípios priorizados, os roubos de veículos reduziram de 712 em abril de 2020 para 373 no mesmo mês deste ano (-47,6%). Isso significa que, do total de 381 casos a menos no Estado em abril, 88,9% deixaram de ocorrer em cidades do bloco prioritário do RS Seguro.
No acumulado entre janeiro e abril, a redução também bateu recorde e alcançou a menor soma para o período em toda a série histórica. A comparação do 1º quadrimestre de 2020, que teve 3.476 ocorrências de roubos de veículos, com o mesmo intervalo deste ano, em que o total ficou em 1.928, a queda é de 44,5% ou 1.5 mil casos a menos. Frente ao pico de 6.649 registros nos quatro primeiros meses de 2017, são quase 5 mil motoristas (-71%) poupados da ação de assaltantes.
O foco territorial empregado pelo RS Seguro também se evidencia no resultado dos roubos de veículos em Porto Alegre, que sozinha respondeu por quase metade da redução verificada no Estado. Dos 381 casos a menos no RS em abril, 161 (42%) deixaram de acontecer na Capital. Foram 171 registros, o menor total para o período em toda a série histórica (iniciada em 2012) e o que equivale a 48,5% de redução em relação às 332 ocorrências do mesmo mês no ano passado.
A Capital também apresenta redução recorde no acumulado desde janeiro. Pela primeira vez, a maior cidade do RS fechou o quarto mês do calendário com menos de mil ocorrências somadas no período. Foram 785 casos, o que representa 45,1% menos do que os 1.429 roubos de veículos somados no primeiro quadrimestre de 2020.

Índice de ataques a bancos em território gaúcho sobe

Ataques a bancos no RS de janeiro a abril

Ataques a bancos no RS de janeiro a abril


REPRODUÇÃO/SSPRS/JC
Os assaltos conhecidos como novo cangaço, em que pequenas cidades eram sitiadas por bandidos com armamento pesado que invadiam agências bancárias, deixaram de fazer parte da rotina dos gaúchos nos últimos dois anos. Mas uma ação sem potencial ofensivo acabou resultando na elevação do índice de ataques a banco no Rio Grande do Sul em abril.
O total de ocorrências passou de uma no quarto mês de 2020 para sete neste ano. Duas ocorrências, Jacutinga e Nonoai, foram roubos, quando há ameaça a vítimas. Em ambos os casos, os assaltantes já foram presos. As cinco ações restantes foram furtos ou arrombamentos de terminais eletrônicos, sem a presença de vítimas ou enfrentamento com agentes de segurança.
Em três desses casos – dois em Palmares do Sul –, ocorridos nos dias 24 e 25 de abril, criminosos furtaram envelopes de depósito cuja inserção em caixas eletrônicos acabou bloqueada por artefatos enxertados nas máquinas para impedir a conclusão da operação. Os outros dois casos ocorreram em Porto Alegre (18/04) e em Rio Grande (21/04). Na Capital, houve apenas a constatação do arrombamento de uma porta de um banco na Zona Norte, e na cidade do Sul do Estado, um homem quebrou uma porta de vidro de uma agência, revirou gavetas e mesas e levou apenas alguns objetos de escritório.
Apesar do resultado negativo, impulsionado pela baixa base de comparação de abril de 2020, que chegou ao menor número de ocorrência da série histórica com apenas um caso, o dado do quarto mês deste ano ainda representa o terceiro menor total desde o início da contabilização. Na comparação com o pico de 2016, quando o mês somou 32 ataques a banco, o número atual representa retração de 78,1%.
Com a alta pontual em abril, o cenário no acumulado desde janeiro também ficou acima do verificado no primeiro quadrimestre de 2020. A soma de furtos e roubos a estabelecimentos bancários no período passou de 15 para 22, total que, ainda assim, é o segundo menor da série histórica e representa queda de 81,5% na comparação com a pior marca, de 119 ocorrências em 2016.
Na última segunda-feira (10/5), cerca de cem policiais civis participaram da Operação Tatu, deflagrada pela Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), contra uma organização criminosa suspeita de envolvimento em, pelo menos, 14 ataques a banco e lotéricas no último ano. Os bandidos faziam buracos em paredes de prédios vizinhos para adentrar e furtar os estabelecimentos. A operação prendeu 11 pessoas e cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em cidades da Região Metropolitana, Vale do Sinos, Serra e Litoral Norte.
Outro crime que tem gerado operações voltadas a bandos especializados é o roubo a transporte coletivo, que em abril ficou praticamente estável no Estado, com 99 ocorrências frente às 93 do mesmo mês no ano passado. Com seis casos a mais, o resultado é o segundo menor total desde o início da contabilização, e não altera a tendência de queda no acumulado desde janeiro. Foram 416 casos no primeiro quadrimestre, 27 a menos que em igual período de 2020, no menor total da série histórica.
Em março, completou-se um ano da criação da Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos em Transporte Coletivo (DRTC) de Porto Alegre, umas das primeiras unidades do país voltadas especificamente para a investigação desse tipo de crime. Na Capital, que costuma responder por cerca de 40% de todos os casos no Rio Grande do Sul, o número de delitos contra motoristas e passageiros de ônibus e lotações baixou de 54 em abril do ano passado para 40 no quarto mês de 2021 (-26%). Na soma de janeiro a abril, a queda foi de 28%, de 241 para 174.

Número de abigeato é o menor da história no RS

Crime que afeta principalmente a população do campo, o abigeato caiu para o menor nível já verificado no Rio Grande do Sul. O número de furtos de gado baixou em abril de 448 no ano passado para 365 casos em todo o Estado neste ano (-18,5%). No acumulado desde janeiro, a queda frente a igual período de 2020 foi de 1.734 para 1.398 (-19,4%).