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- Publicada em 22 de Abril de 2021 às 17:57

Pais contra volta do ensino presencial condicionam retomada à vacinação e reforço da segurança

 Pais querem abertura das escolas de forma responsável e com melhor cenário da pandemia  

Pais querem abertura das escolas de forma responsável e com melhor cenário da pandemia  


COLÉGIOAMERICANO/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Enquanto ganha força a pressão de grupos de pais, parlamentares, entidades ligadas ao comércio e de representantes de escolas para a volta do ensino presencial no Rio Grande do Sul, movimentos que defendem o direto às aulas não presenciais alertam que essa retomada só poderá acontecer quando houver vacinação dos profissionais da educação e garantia do cumprimento de todas as medidas de segurança necessárias ao retorno.
Enquanto ganha força a pressão de grupos de pais, parlamentares, entidades ligadas ao comércio e de representantes de escolas para a volta do ensino presencial no Rio Grande do Sul, movimentos que defendem o direto às aulas não presenciais alertam que essa retomada só poderá acontecer quando houver vacinação dos profissionais da educação e garantia do cumprimento de todas as medidas de segurança necessárias ao retorno.
Uma das coordenadoras do Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia, Cassiana Lipp ressalta que o movimento, assim como defende a Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD), entende que crianças e adolescentes precisam estar presencialmente em sala de aula, porém, desde que haja segurança e condições favoráveis. "A gente também reconhece que lugar de criança é na escola, desde que com a segurança necessária. Isso não pode ocorrer a qualquer custo, mas com embasamento científico. Compreendemos os movimentos (pelo retorno), mas as aulas só devem voltar no momento em que tiver um controle da disseminação viral. Abrir a escola sim, mas de forma responsável", comenta.
Ela lembra que há um ano o Grupo, com mais de 7,5 mil membros no Facebook, reúne assinaturas à petição nesse sentido, que já conta com adesão de mais de 110 mil pessoas. O movimento apoia e se integra à luta da AMPD, autora da ação judicial que determinou a supensão das aulas presenciais no RS em fevereiro, ainda sub judice.
Há uma semana, o coletivo chegou a lançar ua nota pública pela proteção da vida e da saúde de toda comunidade escolar, ressaltando as condições de bandeira preta em todo o Estado - já há oito semanas - e o estado emergencial do sistema de saúde. "Estamos hoje com mais de 85% de ocupação das UTIs no Estado e de 91% em Porto Alegre, ou seja, ainda há um colapso na saúde. Temos de analisar a volta às aulas dentro do cenário do RS, que é de bandeira preta, e não pode ser mascarado", reforça.
Cassiana destaca ainda que a escola gera intensa mobilização urbana e social, o que resulta em maior circulação das pessoas nas ruas e nos meios de transporte e, consequentemente, também do vírus. Ela ressalta a necessidade de as escolas, principalmente as públicas, oferecerem condições estruturais adequadas ao cumprimento dos protocolos e proteção da comunidade escolar.
Por meio de nota conjunta, na qual divulgam as hashtags #NaLutaPelaVoltaSegura, #EscolaAbertaNaHoraCerta e #essencialéavida, o Grupo e a AMPD enfatizam: "Sabemos que o ensino presencial é fundamental para o bom desenvolvimento de crianças e adolescentes, mas para que isso ocorra precisamos estar vivos. Em primeiro lugar precisamos ter vidas preservadas, para depois termos condições de aulas presenciais no Estado. Sem vida não há ensino".
Ela comenta ainda as recentes manifestações de entidades e do comitê científico do RS, sobre condições para a volta às aulas. "Ninguém contesta a baixa contaminação nas escolas e o registro de sequelas menores da Covid-19 em crianças, mas em nenhum local do mundo as escolas foram abertas em um cenário como o nosso, de colapso da saúde. Por mais que as escola não sejam locais de disseminação viral intensa, temos um cenário não compatível a essa reabertura. Uma vida perdida é inestimável", ressalta.
Nesse sentido, Cassiana destaca que, segundo Júlio Sá, advogado da AMDP, a ação civil pública ajuizada contra o Estado, no final de fevereiro, foi a única forma de barrar o retorno presencial das séres iniciais em meio ao "pior momento da pandemia".
Enquanto aguardam os desdobramentos da reunião do Gabinete de Crise do governo, realizada nesta quinta-feira (22), e o anúncio do mapa semanal do distanciamento controlado, que ocorrerá na tarde desta sexta-feira (23), as entidades seguem mobilizadas e em contato com os Executivos estadual, municipal e com a Assembleia Legislativa, em defesa dos pleitos para viabilizar o retorno seguro às aulas presenciais.
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