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- Publicada em 13 de Abril de 2021 às 15:39

Profissionais de saúde lideram 'atrasados' da segunda dose em Porto Alegre

São mais de 10 mil profissionais da saúde vacinados que não foram receber a segunda dose

São mais de 10 mil profissionais da saúde vacinados que não foram receber a segunda dose


CRISTINE ROCHOL/PMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
"Daqui a pouco teremos que buscar em casa as pessoas para vacinar." O desabafo é do diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, diante dos números que só crescem de pessoas que receberam a primeira dose da vacina da Covid-19, mas não apareceram ainda para receber a segunda dose (D2) no prazo estipulado.
"Daqui a pouco teremos que buscar em casa as pessoas para vacinar." O desabafo é do diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, diante dos números que só crescem de pessoas que receberam a primeira dose da vacina da Covid-19, mas não apareceram ainda para receber a segunda dose (D2) no prazo estipulado.
Profissionais de saúde lideram os "atrasados" da vacina na Capital. Pelo menos 18,4 mil pessoas estão nesta condição entre diversos segmentos nesta terça-feira (13). Na semana passada, eram 13 mil. O número só aumenta. A segunda dose pode ser feita em postos ou nos drive-thrus.
"Não dá para entender como esquecem de tomar a segunda dose", reforça Ritter. A Capital chegou a 305,2 mil imunizados com primeira dose e 93,5 mil com segunda dose no começo da tarde desta terça, segundo o monitoramento da área da Saúde. Até agora a faixa acima de 63 anos está sendo imunizada. Somente com novos lotes de vacina, esperados para esta semana, Porto Alegre passa para os 62 anos.
Sem completar a carga dos imunizantes, a proteção contra o novo coronavírus não se completa. Ao vacinar, cada pessoa recebe o registro com o nome do imunizante recebido e quando deve voltar para a segunda dose. A vacina Coronavac (Sinovac/Butantan) é aplicada no intervalo de 21 a 28 dias e a de Oxford/AstraZeneca (com Fiocruz) tem intervalo de 12 semanas. 
No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) estima em 114 mil residentes que não foram aos serviços na data informada no cartão da vacinação. São doses que estão reservadas. Esta semana 224 mil pessoas podem receber a D2. No Brasil, o Ministério da Saúde apontou que 1,5 milhão de pessoas não compareceu para a segunda aplicação, mesmo podendo fazer.
Segundo a Vigilância em Saúde, são 10,3 mil profissionais, 8,2 mil idosos em geral - Porto Alegre atingiu a faixa acima de 63 anos até agora. Também são quase 700 pessoas com 60 anos ou mais institucionalizados, que vivem em residenciais ou asilos e foram os primeiros a serem imunizados. Outros 82 indígenas também não compareceram.
"Vamos buscar os conselhos profissionais", diz Ritter, sobre medidas que possam ser acionadas para chamar os retardatários.   
Pelos dados do vacinômetro estadual, até agora 1,76 milhão de residentes fizeram a primeira dose e 406,6 mil a segunda. O Rio Grande do Sul já recebeu 3,1 milhões de doses em 12 lotes, o último no dia 8, com 301,5 mil unidades. No dia 2, chegaram 645 mil doses. O grupo prioritário, que é o atual alvo da imunização, soma quase 5,1 milhões de pessoas, o que exige 10 milhões de aplicações.
Diante dos retardatários, a pasta estadual entrou em campo e vai enviar registros de quem deveria ter feito a segunda dose para que as localidades façam a busca ativa. Os dados estão no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
Segundo a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa, diz que a intenção é que cada município monte suas estratégias usando os canais que melhor se ajustam a cada realidade.
"Telefone, WhatsApp, rádio, agentes comunitários e agentes de saúde", exemplifica Ana. 
Questionada sobre a disponibilidade de informações como o celular para criar uma lista de aviso usando o aplicativo como WhatsApp ou mesmo enviando mensagem, a diretora diz que o formulário do SI-PNI tem espaço para este registro. Demora nos registros da aplicação no sistema, adoecimento e até óbitos podem também explicar a população que não se apresentou para a segunda dose. 
Em Porto Alegre, Fernando Ritter diz que a informação de número do celular ou WhatsApp não estão sendo  coletadas dos vacinados.
A solicitação desse contato de cada vacinado não foi definida para que pudesse ser usado em eventual chamamento de retorno. Este recurso, por enquanto, não deve ser usado, esclareceu o diretor da Vigilância em Saúde da Capital.  
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