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Geral

- Publicada em 01 de Abril de 2021 às 17:17

Quase 90% dos porto-alegrenses pretendem se vacinar contra a Covid-19

Pesquisa buscou revelar qual o sentimento das pessoas em relação ao agravamento da pandemia

Pesquisa buscou revelar qual o sentimento das pessoas em relação ao agravamento da pandemia


MARIANA ALVES/JC
Adriana Lampert
Uma pesquisa de opinião sobre os impactos da crise causada pela pandemia de Covid-19 aponta que 88% da população de Porto Alegre pretende se vacinar contra o novo coronavírus. O levantamento foi realizado com 1.066 pessoas de diversas faixas etárias (a partir de 16 anos) no período de 25 a 29 de março pelo instituto Clube da Opinião em parceria com o movimento POA Inquieta. Feito de forma híbrida (por telefone, whatsapp e SMS) com moradores de 74 bairros da cidade, o trabalho também buscou revelar qual o sentimento das pessoas em relação ao cenário de agravamento da disseminação do vírus.
Uma pesquisa de opinião sobre os impactos da crise causada pela pandemia de Covid-19 aponta que 88% da população de Porto Alegre pretende se vacinar contra o novo coronavírus. O levantamento foi realizado com 1.066 pessoas de diversas faixas etárias (a partir de 16 anos) no período de 25 a 29 de março pelo instituto Clube da Opinião em parceria com o movimento POA Inquieta. Feito de forma híbrida (por telefone, whatsapp e SMS) com moradores de 74 bairros da cidade, o trabalho também buscou revelar qual o sentimento das pessoas em relação ao cenário de agravamento da disseminação do vírus.
"Temos visto muita discussão sobre o tema e diferentes opiniões de prefeitos, governador, presidente, empresários, e dirigentes de escolas, mas nossa proposta era escutar a sociedade", destaca a diretora do Clube da Opinião, Flávia Lima Moreira. "Escolhemos fazer a pesquisa por telefone e canais digitais, não é adequado colocar a equipe na rua neste momento", completa Flávia, ressaltando que o nível de confiança da pesquisa é estimado em 95% e a margem de erro é de 3%.
Quando o assunto é a condução da crise diante do novo coronavírus, a maioria (55%) dos entrevistados reprova a atuação do prefeito Sebastião Melo, enquanto outros 37% se dizem satisfeitos. Na contramão, a maioria (57%) das pessoas que responderam a pesquisa afirmou aprovar a conduta do governo de Eduardo Leite e 76% disse reprovar a atuação do presidente Jair Bolsonaro no que se refere à condução da crise provocada pela pandemia no Rio Grande do Sul e no País. Sobre o sistema de cogestão adotado no Estado, 43% é contrária à decisão.  
O estudo revela ainda que a população que recebe até dois salários mínimos (49%) está mais endividada e  mais preocupada com o cenário pandêmico do que aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos (15%). "No ano passado, estas pessoas já estavam com muito medo, agora percebemos que isso está se agravando", observa Flávia.
De acordo com o estudo, a situação econômica no último ano piorou para 83% daqueles que têm renda familiar de até dois salários mínimos. "Trabalhamos na premissa de que houve acentuação da diferença social", pontua a diretora do Clube da Opinião. Ela sinaliza que nos últimos dois meses, 65% das pessoas deste grupo deixou de pagar alguma conta, e 24% tem medo de ser demitido. "Encontramos ali muita gente que perdeu emprego (24%), que estava na informalidade e não pode trabalhar, com pouca perspectiva, e com medo de adoecer e de ver os familiares doentes", ressalta. 
O estudo ainda revela que 49% desta população que recebe até dois salários mínimos recebeu auxilio do governo e 73% de todos os entrevistados concordam que a ajuda da União deveria continuar até as atividades econômicas voltarem ao normal. Também a maioria de quem respondeu a pesquisa (69%) acha justo que fosse pago auxilio emergencial para pequenos empreendedores e médios do comércio. 
Considerando o número de pessoas que já foram contaminadas ou que conhecem quem tenha contraído o novo coronavírus (68%), o medo apresentado nas respostas é "real", avalia Flávia. "Deste percentual de entrevistados, 10% relataram que os infectados pela doença não resistiram e foram a óbito." Por conta deste cenário, a expectativa sobre o avanço do número de casos e de mortes pelo novo coronavírus no Brasil preocupa 60% dos entrevistados.
O grupo que respondeu aos questionamentos do Clube da Opinião se divide quando avalia de quem deve ser a maior responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das medidas de distanciamento social: 30% acredita que é dever da prefeitura e do governo do Estado, 29% entende que é um dever da sociedade, 23% acha que a responsabilidade é só do Município e 7% opina que deveria ficar em nível estadual.
Ainda que 56% seja a favor da reabertura do comércio e 50% não vê problema em reabrir as academias de ginástica, a maioria (76%) acredita que igrejas devem permanecer fechadas. Concordando com as medidas de isolamento social, 41% dos entrevistados entende que os bares e restaurantes devem funcionar apenas com tele-entrega e/ou pague e leve (take-away). Outros 35% avaliam que estas empresas devem funcionar com atendimento presencial e limitação de clientes; enquanto 12% acredita que é melhor funcionar com atendimento presencial e sem limitação de clientes. Apenas 11% opina que bares e restaurantes deveriam estar de portas fechadas.
Sobre a volta às aulas presenciais, 63% dos entrevistados acha o retorno precipitado, enquanto 33% considera adequado. Deste último grupo, 19% opina que é adequado, mas só em "alguns casos", a exemplo da Educação infantil (45%) e para quem depende da alimentação escolar (28%).
A diretora do Clube da Opinião destaca ainda que a informação antes chegava de forma mais homogênea na população. Segundo o levantamento realizado pelo instituto 22% dos entrevistados se informa através de internet e blogs, 20% pela televisão, 15% pelas redes sociais, 16% pelos jornais, 2% pelo rádio, 8% através de familiares e vizinhos, 6% pelo whatsapp e 2% de outras formas não reveladas. 
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