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- Publicada em 25 de Março de 2021 às 18:47

Hospital gaúcho instala cilindro gigante para evitar falta de oxigênio

Tanque de 30 mil litros reforçam a carga que estava disponível de 6 mil litros

Tanque de 30 mil litros reforçam a carga que estava disponível de 6 mil litros


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Vital para salvar vidas na pandemia, oxigênio que já falta ou registra suprimento crítico em muitas regiões do País, incluindo o Estado, ganhou um reforço de peso, ou melhor, tamanho, em um hospital do Rio Grande do Sul.
Vital para salvar vidas na pandemia, oxigênio que já falta ou registra suprimento crítico em muitas regiões do País, incluindo o Estado, ganhou um reforço de peso, ou melhor, tamanho, em um hospital do Rio Grande do Sul.
Um megacilindro, com capacidade de 30 mil litros de O2, já está operando para dar suporte aos doentes de Covid-19, que lotam a emergência e as UTIs do Hospital Vila Nova, situado na Zona Sul de Porto Alegre. 
O presidente da Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN), o médico Dirceu Dal'Molin, conta que a decisão de fazer a aquisição ocorreu nas últimas semanas após o crescimento de internações. 
"A gente tinha um tanque de quase 6 mil litros que durava 10 a 12 dias (a carga) e gastamos agora uma carga a cada dois dias", contrasta Dal'Molin, para dar a dimensão da necessidade de oxigênio. O cilindro de 30 mil litros foi instalado no fim de semana e exigiu uma operação de transporte para levar o tanque ao hospital.
A expectativa é de assegurar abastecimento por cinco a sete dias. De uso de 600 litros diários, antes da pandemia, a AHVN saltou a 3.550 litros por dia. 
A Capital vive, desde o fim de fevereiro, maior pressão por vagas devido ao agravamento da pandemia, com nível de ocupação de UTIs que, nesta quinta-feira (25), é de 115,2%. São 1.158 pacientes para 1.009 leitos. Quinze dos 18 hospitais monitorados pela prefeitura estão com ocupação acima de 100%. Mesmo neste quadro, houve flexibilização de setores, com abertura de comércio e alimentação. Há segmentos que mantêm as portas fechadas.
O Vila Nova está com as 56 vagas de UTI ocupadas, sendo 51 por casos ligados à Covid-19. Tem ainda oito casos esperando vaga na UTI. O hospital foi o que mais recebeu pacientes pelo SUS com o novo coronavírus, entre UTI e enfermaria, entre 24 de fevereiro e 22 de março, somando 413 internados, 33% do total, segundo a Secretaria da Saúde.   
Dal'Molin explica que é importante ter o suprimento para não operar com carga muito baixa, próxima do fim com risco do oxigênio passar de gasoso para líquido. "Todos os hospitais de Porto Alegre estão com esta preocupação, pois não adianta colocar mais cem respiradores, se não tem capacidade de oxigenação dos pacientes", adverte o médico. 
O presidente conta que hospitais administrados pela associação, que inclui mais quatro estabelecimentos, já socorreu outras unidades que ficaram sem O2, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana (RMPA). Foi há duas semanas, com suporte buscado de madrugada. O Hospital de Guaíba e o Vila Nova enviaram cilindros para serem usados por pacientes.     
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