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Saúde

- Publicada em 15 de Março de 2021 às 11:09

Vacinação contra a gripe iniciará na segunda quinzena de abril

Imunização contra influenza não será antecipada neste ano

Imunização contra influenza não será antecipada neste ano


JONATHAN HECKLER/JC
Diferentemente do ano passado, a campanha de vacinação contra a gripe não será antecipada para a segunda metade do mês de março em 2021. Em 2020, a imunização contra a influenza teve início no dia 23 de março, em uma tentativa de proteger os idosos contra a gripe e, assim, evitar que a população acima dos 60 anos de idade tivesse complicações de saúde que pudessem agravar um quadro de infecção pelo novo coronavírus. Neste ano, porém, a mobilização nacional deve começar apenas na segunda metade de abril.
Diferentemente do ano passado, a campanha de vacinação contra a gripe não será antecipada para a segunda metade do mês de março em 2021. Em 2020, a imunização contra a influenza teve início no dia 23 de março, em uma tentativa de proteger os idosos contra a gripe e, assim, evitar que a população acima dos 60 anos de idade tivesse complicações de saúde que pudessem agravar um quadro de infecção pelo novo coronavírus. Neste ano, porém, a mobilização nacional deve começar apenas na segunda metade de abril.
A reportagem do Jornal do Comércio recebeu a confirmação da data por meio do Ministério da Saúde. Em nota, a pasta afirma que adquiriu 80 milhões de doses junto ao Instituto Butantan para a vacinação dos grupos prioritários. “O cronograma de envio das doses aos estados está sendo organizado e tão logo essa distribuição esteja fechada, será divulgada”, diz o ministério. Em 2020, foram vacinadas 73.672.162 pessoas integrantes do público-alvo (confira abaixo quais foram os grupos prioritários em 2020). Para este ano ainda não foi divulgado quais serão as populações prioritárias, mas a tendência é de que permaneçam as mesmas de 2020.
Até a última semana, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS) não sabia se a vacinação contra a gripe seria antecipada ou não. Questionada sobre uma possível antecipação do início da campanha, assim como ocorreu no ano passado, a assessoria da secretaria apenas respondeu que a definição da data era responsabilidade do Ministério da Saúde.
Uma das preocupações quando do início da campanha diz respeito à uma possível sobrecarga no sistema de saúde, na medida em que a vacinação contra o novo coronavírus estará acontecendo simultaneamente, exigindo espaços, insumos (agulhas e seringas) e profissionais da saúde para a aplicação.
A professora de Saúde Coletiva e Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Deise Lisboa Riquinho tem experiência na capacitação de alunos para atuarem na campanha anual contra a gripe. A preparação faz parte de uma atividade de Extensão da Escola de Enfermagem junto à Unidade Básica de Saúde Santa Cecília, administrada pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). “Nesse ano, pensando na vacinação contra a Covid-19 e posteriormente, na vacinação contra a influenza, começamos a ação em janeiro, junto com professores da Medicina. Temos mais de 80 alunos que estão vacinando junto com o município de Porto Alegre nas diferentes gerências compondo a equipe técnica”, destaca a doutora em Saúde Pública pela Fiocruz.
A capacitação dos alunos no projeto se dá tanto em relação às notas técnicas que o Ministério da Saúde emite, quanto do ponto de vista prático, com os estudantes fazendo o processo de simulação da aplicação da vacina. “Temos mais alunos inscritos nesse projeto de extensão como voluntários, então vamos esperar a pandemia dar uma trégua para capacitar mai. Tem muitos alunos da medicina esperando, e queremos ampliar para outros cursos da saúde, como a Farmácia e a Odontologia para que eles se engajem na vacinação”, diz Deise.
As equipes envolvidas no projeto da Ufrgs ainda não foram comunicadas por parte dos órgãos de saúde a respeito do início da imunização contra a gripe. Os integrantes do projeto aguardam uma sinalização oficial. "Na melhor das hipóteses, teremos vacinação o ano todo. Vai sobrepor (com a vacinação contra a Covid-19). Ainda não há nenhum comunicado, conversei com algumas colegas que fazem parte da rede municipal e por enquanto não tem nenhum aviso em relação a influenza”, aponta.

Vacinas contra a gripe e contra a Covid-19 devem ter intervalo de 14 dias

Uma preocupação de quem, tradicionalmente, integra os públicos-alvo da campanha de imunização contra a influenza diz respeito à possibilidade ou não de que a vacina contra a gripe possa ser aplicada simultaneamente à vacina contra o novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, não se recomenda a aplicação simultânea das doses, na medida em que os estudos de coadministração ainda estão em andamento. Assim,
“Neste momento não será recomendada a administração simultânea das vacinas contra a Covid-19 com outras vacinas, conforme documentos já publicados pelo Ministério da Saúde. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre essas vacinas”, diz o ministério. Ainda segundo a pasta, essas informações serão repassadas aos profissionais de saúde para ficarem atentos durante a aplicação das vacinas.
 

Confira os públicos-alvo da vacinação contra a gripe em 2020

  • 1ª grupo: Idosos e trabalhadores em saúde
  • 2º grupo: Professores de escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento.
  • 3º grupo: Crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade