A consulta pública sobre a concessão do saneamento de Porto Alegre recebeu mais de 700 contribuições durante os 74 dias em que esteve disponível. O projeto prevê R$ 2,17 bilhões para a melhoria dos sistemas de água e esgoto da Capital.
Do total, 60% das manifestações foram enviadas por investidores, 38% pela sociedade civil e 2% por entidades de classe. O material será analisado por técnicos da Prefeitura e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), e poderá contribuir para a montagem do futuro edital, com lançamento previsto para 2022.
A secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini observa que o marco legal do saneamento básico, aprovado no ano passado, prevê a universalização dos serviços até 2033. "Teremos que nos adequar. Agora, vamos analisar as contribuições que vieram e buscar o modelo mais eficiente para atender a população."
Nos primeiros dez anos de contrato, a concessionária deverá ampliar de 58% para 96% o tratamento de esgoto e diminuir as perdas totais de água de 40% para 25%. Além disso, o parceiro privado deverá aplicar R$ 11 bilhões na operação do sistema ao longo do contrato.