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- Publicada em 28 de Janeiro de 2021 às 20:46

Aumento de casos e demanda por oxigênio podem provocar novo colapso no Amazonas

Crescimento diário do consumo no estado do Amazonas é de, em média, 2%

Crescimento diário do consumo no estado do Amazonas é de, em média, 2%


MARCIO JAMES/AFP/JC
Duas semanas depois da falta de oxigênio levar ao colapso as redes pública e privada de saúde em Manaus, o aumento do número de casos de Covid-19 no Amazonas deve elevar para até 135 mil m3 por dia a demanda de oxigênio nas próximas semanas. A única fornecedora do governo estadual, a empresa White Martins, informou que já atingiu o patamar máximo de entrega no estado, que é de 80 mil m3/dia (quase o triplo da capacidade de produção da fábrica de Manaus).
Duas semanas depois da falta de oxigênio levar ao colapso as redes pública e privada de saúde em Manaus, o aumento do número de casos de Covid-19 no Amazonas deve elevar para até 135 mil m3 por dia a demanda de oxigênio nas próximas semanas. A única fornecedora do governo estadual, a empresa White Martins, informou que já atingiu o patamar máximo de entrega no estado, que é de 80 mil m3/dia (quase o triplo da capacidade de produção da fábrica de Manaus).
Sem uma definição clara sobre de onde virá esse déficit de 55 mil m3/dia caso a estimativa se concretize, o cenário preocupa gestores, defensores públicos e profissionais de saúde, que temem um novo colapso e mortes por falta de oxigênio, desta vez nos municípios do interior.
A estimativa do aumento da demanda por oxigênio nas próximas semanas foi confirmada pelo secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo. Ele revelou que o crescimento diário do consumo é de, em média, 2%. No interior, que já responde por 47% dos 6.671 casos de Covid-19 nas últimas 48 horas, a demanda deve aumentar 66%, passando de 12 mil m3/dia para 20 mil m3/dia, segundo ele.
"É muito difícil prever o quanto vamos precisar (de oxigênio) numa pandemia. Mas temos inferências de que precisaremos, no futuro, entre 120 e 130 mil m3 por dia para atender o interior e a capital", explicou o secretário, sem deixar claro de onde virá essa produção extra de 55 mil m3/dia.
Para agravar a situação dos pacientes do interior, nenhum município além de Manaus possui leitos de UTI. Na quarta-feira (27), 124 pessoas estavam na lista de espera por uma transferência para Manaus, 40 delas aguardando e UTI. Na "fila" havia, ainda, outras 53 pessoas residentes na capital.
Em Manaus, a taxa de ocupação de UTIs para Covid-19 é de 91% e, dos leitos clínicos, 99%, segundo a Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas. Com consumo de oxigênio na ordem de 70 mil m3/dia, a rede pública da capital tem a abertura de novos leitos prejudicada pela falta do insumo.
O Hospital Nilton Lins só abriu as portas na última terça-feira (26), após receber um abastecimento que garantisse o início dos atendimentos. Mas a abertura de mais leitos depende da oferta de oxigênio. A unidade, que abriu 80 leitos clínicos e 22 de UTI, deveria desafogar os hospitais de referência, que atuam acima da capacidade desde o dia 14, quando o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso por falta de oxigênio.
O governo informou que sete mini usinas independentes de oxigênio, com capacidades variadas, devem ser instaladas nos municípios de Manacapuru e Itacoatiara e em outras cinco unidades de saúde de Manaus. Outras 20 mini usinas de oxigênio foram enviadas para os municípios do interior. Já o fornecimento na capital vem sendo garantido por um abastecimento de 160 mil m3 de oxigênio que chegou em balsas no último domingo (24).
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