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- Publicada em 18 de Janeiro de 2021 às 15:23

'Ajudei para que todos possam ter a vacina', diz voluntária de testes da Coronavac no RS

'Ao receber a vacina, a pessoa protege todo mundo, não só ela mesma!', alerta Fabiana

'Ao receber a vacina, a pessoa protege todo mundo, não só ela mesma!', alerta Fabiana


FABIANA SILVA DE SOUZA/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Atualizada às 10h30min de 19/01/2021 - Voluntária dos testes da vacina chinesa Coronavac no Hospital São Lucas (HSL) da Pucrs, a técnica de enfermagem na emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Fabiana Silva de Souza tem uma certeza, após a aprovação do uso emergencial do imunizante pela Anvisa:
Atualizada às 10h30min de 19/01/2021 - Voluntária dos testes da vacina chinesa Coronavac no Hospital São Lucas (HSL) da Pucrs, a técnica de enfermagem na emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Fabiana Silva de Souza tem uma certeza, após a aprovação do uso emergencial do imunizante pela Anvisa:
'Ajudei para que todos possam ter a vacina', resume Fabiana, lembrando que voluntários como ela colaboraram para que pudesse acontecer o que o Brasil está presenciando. O País teve as primeiras aplicações para valer da vacina, no domingo (17), 11 meses após a chegada do vírus.
"Muitos achavam que eu era louca de participar. Aí respondia:
'Tudo precisa começar de algum jeito'. Não fui louca, mas alguém que teve esperança no futuro. Participei acreditando em uma coisa melhor para todo mundo", explica a técnica de enfermagem que trabalha no mesmo hospital que teve um dos primeiros profissionais de saúde vacinados no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (18).
Fabiana ainda não sabe se recebeu a vacina de verdade ou placebo, que faz parte do protocolo dos testes seguidos pelo Centro de Pesquisa do HSL - o participante não fica sabendo o que são as duas doses. O mistério ia ser resolvido nesta terça-feira (19), mas a revelação foi adiada. 
A voluntária havia sido acordada no começo da manhã desta segunda, enquanto descansava do plantão no HCPA, por uma ligação da equipe do estudo no São Lucas informando que ela deveria comparecer, nesta terça-feira, ao Centro de Pesquisa para, finalmente, ter saber qual dose recebeu:
"Estou muito ansiosa para saber", confessou ela, antes de ser avisada, nesta terça, pela equipe que o comitê que gerencia a pesquisa precisa antes liberar a divulgação aos participantes. 
A comunicação segue protocolo da pesquisa. Apenas após a avaliação dos resultados da fase 3 e aprovação do uso emergencial, Fabiana teria a informação. 
"Eles vão apresentar os meus dados que estão em uma pastinha com o código do lote e seringa que recebi: se foi vacina ou placebo. Vão abrir na minha frente", descreve a técnica de enfermagem.
"Se foi placebo, já faço a primeira dose nesta terça no São Lucas, que estava previsto quando assinei a adesão ao estudo", explica. Fabiana foi a segunda voluntária a receber as doses. O São Lucas da Pucrs é um dos 12 centros de pesquisa do País a integrar o pool de testes da Coronavac. Os imunizantes chegaram no começo de agosto de 2020 a Porto Alegre.
Sobre o impacto das doses, a voluntária diz que não teve nenhum efeito colateral. Ela não teve Covid-19 até hoje, mas lembra que manteve todos os cuidados. Caso tenha recebido placebo, este comportamento pode explicar a condição.
A técnica de enfermagem diz que dentro do HCPA só se fala em vacina, assunto que ganhou maior intensidade desde a entrega da documentação pelo Instituto Butantan e Fiocruz à Anvisa. 
Sobre a chegada da vacina, Fabiana não tem dúvida que vai representar alívio, mesmo que os cuidados devam ser mantidos. Os ganhos serão tanto para os profissionais e aos pacientes, tanto para os infectados pelo novo coronavírus como os que são de outras áreas de tratamento, acredita ela.
"Muita coisa se modifica no atendimento ao não Covid, como redução de cirurgias e consultas", lamenta, apostando que aos poucos a assistência deva ser reequilibrada.  
A notícia de que uma colega da UTI do HCPA receberia a vacina deixou Fabiana orgulhosa:
"É gratificante que seja do Clínicas, é um reconhecimento de tudo que se passou em quase um ano de enfrentamento da doença. Fomos vistos de alguma forma."
Sobre pessoas que adotam a postura do negacionismo em relação à vacina, Fabiana atenta: "Não é à toa que foi aprovada, vários países estão vacinando". Para ela, quem recusa a imunização mostra um sentimento de negatividade para tudo na vida.
A técnica de enfermagem resume o que representa a imunização:
"Ao receber a vacina, a pessoa protege todo mundo, não só ela mesma!"  

VÍDEO #JCEXPLICA: Voluntária e médico falam sobre os testes da Coronavav em Porto Alegre 

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