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- Publicada em 17 de Janeiro de 2021 às 15:34

Estudantes relatam encontrar salas lotadas e impedimento para realizar prova do Enem

Primeiro dia de Enem movimentou locais com o Colégio Estadual Júlio de Castihos, em Porto Alegre

Primeiro dia de Enem movimentou locais com o Colégio Estadual Júlio de Castihos, em Porto Alegre


MARIANA ALVES/JC
Thiago Copetti
O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) está reunido na tarde de hoje para definir novas ações judiciais relativas à prova do Enem. Realizado neste domingo, o exame nacional enfrenta problemas com salas superlotadas e alunos sendo mandados embora, de acordo com o diretor do DCE, Julio Câmara, no Estado e em diferentes regiões do País. 
O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) está reunido na tarde de hoje para definir novas ações judiciais relativas à prova do Enem. Realizado neste domingo, o exame nacional enfrenta problemas com salas superlotadas e alunos sendo mandados embora, de acordo com o diretor do DCE, Julio Câmara, no Estado e em diferentes regiões do País. 
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, das cerca de 700 escolas gaúchas que receberam alunos para prestar a prova o problema ocorreu em não mais do que 20 locais, e como forma de preservar a saúde dos próprios estudantes. Segundo Câmara, ainda que o número de relatos do problema no Rio Grande do Sul seja inferior a outros locais, como em Santa Catarina e São Paulo, pela abrangência do processo falhas afeta a lisura do processo para estudantes em todo o Brasil independentemente da localização geográfica. Isso porque os candidatos disputam vagas em universidades de todo o País com as notas do mesmo exame nacional.
“O Inep havia divulgado medidas de segurança que agora não se comprovaram como efetivas. Temos relatos de estudantes mandados embora porque a já tinha mais de 40% da ocupação prevista e seria remarcado outra prova para esses alunos. Mas não há uma informação precisa sobre o assunto, e isso coloca em xeque toda a isonomia necessária ao Enem”, defende Câmara.
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exemplifica Câmara, uma centena de alunos, mesmo tendo se dirigido ao local correto, no prazo certo, não puderam fazer provas por superlotação das salas. Na sexta-feira (15), temendo situações como esta, o DCE, em conjunto com a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e outras entidades estudantis, ingressaram com ação na Justiça gaúcha solicitando o adiamento das provas em virtude da pandemia de Covid-19 e dos elevados números de contaminação no Estado. O pedido foi negado pela Justiça, no sábado.
As entidade alegaram que a realização das provas representaria um “gravíssimo risco sanitário” em um momento em que o Estado atingiu, nas últimas semanas, elevado número de novos contágio e mortes e encontra-se em sua maior parte em bandeira vermelha. Além disso, o DCE considera que as condições de preparação para a prova podem fazer deste Enem um exame de “aprofundamento das desigualdades sociais no ingresso ao Ensino Superior”.
“Entendo apesar de todos os movimentos nacionais para realizar a prova, os juízes e o governo argumentaram que o Inep garantia uma séria de medidas, o que agora vemos que não aconteceu de verdade. Ao mandar estudantes embora, em uma avaliação preliminar, questionamos a isonomia do processo e as condições de um segunda prova no próximo domingo”, explica o diretor do DCE.
Francis Madeira, professor do pré-vestibular Fleming Medicina, avalia que o Inep, ao se defender da ação que pedia o adiamento do Enem, alegou que cumpria os protocolos de ocupação de 50% das salas. Porém, em vários locais, a ocupação efetiva foi de 80%, segundo Madeira.
"Em razão disso, o Ministério Público obrigou ontem à noite o Inep a conseguir mais salas e respeitar os 50%. Os organizadores da prova foram comunicados, durante a madrugada, da necessidade de refazer a ocupação das salas. Com isso, muitos participantes foram enviados de volta e farão uma reaplicação em fevereiro", lamenta Madeira.
A Pucrs, um dos grandes locais de realização da prova na Capital, informou que apenas participa da operação, totalmente coordenado pelos profissionais do Inep, e que entregou os espaços com distanciamento de 1,5 metros, conforme decreto para concursos. A recepção, distribuição e controle de estudantes por sala, porém, é responsabilidade do próprio órgão, ressalta a universidade, e por isso não poderia informar se ocorreu o problema também nas suas dependências.
Procurado pelo Jornal do Comércio para comentar o caso, o Inep não respondeu e informou por mail apenas que há previsão de coletivas de imprensa em todos os domingos de aplicação, às 20h, no auditório do Inep, transmitida pelo canal do Inep no YouTube.
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