Educadores ligados ao sindicato dos professores do Estado (Cpers) realizaram ato na manhã desta terça-feira (12) em frente ao Palácio Piratini - sede do Executivo gaúcho. Eles pedem que o governo do Estado reconsidere descontos sofridos pelos dias de greve em 2020 e a abertura de uma mesa de negociação com o governador Eduardo Leite.
O Cpers diz que os diretores de 40 escolas estaduais da 1ª CRE tiveram salário descontado por supostas faltas não justificadas no mês de outubro. "Recebemos depoimentos de diretores alegando que já justificaram e comprovaram à Seduc (Secretaria Estadual de Educação) que não havia justificativa para tais descontos", explica a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schurer. A Seduc teria ficado de pagar os valores em folha suplementar, mas até agora isso não aconteceu, segundo o Cpers.
Outro pleito é a revisão dos descontos de dias em greve do ano passado. Segundo Helenir, os professores recuperaram todos os dias e o governo estadual descontou mesmo assim. "Estamos na Justiça e queremos que o governo abra uma mesa de negociação para tratarmos deste assunto", salienta a dirigente.
Os descontos preocupam a categoria, que sofreu durante quase cinco anos com o parcelamento dos salários. Há apenas dois meses, o pagamento mensal voltou a ser feito integralmente e em dia, lembra Helenir.
"A categoria está muito endividada e estes descontos só contribuem para aumentar o endividamento. É fundamental que recuperemos esses valores para os nossos contracheques, amenizando os grandes problemas financeiros que a nossa categoria enfrenta", destaca a representante do magistério.
No ato, educadores usavam máscaras no rosto e seguravam faixas pedindo "Vacinação Já". Foto Luiza Prado/JC
Segundo o Cpers, o Dia de Luta marca o início de mais um desafiador aos professores gaúchos, que "amargam seis anos de reajuste zero e salários corroídos pela inflação". No ato, educadores usavam máscaras no rosto e seguravam faixas pedindo "Vacinação Já".