O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira que os estados receberão as vacinas em "três ou quatro dias" após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o início da imunização contra a Covid-19.
"A vacina vai começar no dia D, na hora H no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil", afirmou.
No sábado, o Ministério da Saúde já havia informado que todas as doses de vacina contra serão distribuídas exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os estados de maneira simultânea.
O ministro reforçou que, se as vacinas em análise pela Anvisa forem aprovadas no prazo previsto de dez dias (a partir da entrega dos documentos), a vacinação pode começar no dia 20 de janeiro. Desde sexta-feira, a agência analisa pedido de uso emergencial (para grupos específicos) do Butantan, com a CoronaVac, e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), com a vacina Oxford/AstraZeneca.
Segundo Pazuello, cada estado tem o seu programa de vacinação, e os municípios têm responsabilidade de deixar as salas de vacinação prontas para a imunização. "No Programa Nacional de Imunização (PNI), cabe ao ministério fazer chegar aos estados e municípios. O plano logístico é individualizado por estado, por isso a gente fala que cada estado tem seu próprio plano", disse o ministro.
O ministro afirmou que foram contratados 354 milhões de doses de vacinas. Para janeiro, a expectativa é de aplicar 6 milhões de doses do Butantan e 2 milhões da Fiocruz, se liberadas pela Anvisa.
Pazuello também afirmou que o programa de vacinação contra a Covid-19 pode priorizar inicialmente a aplicação de somente a primeira dose na população, pois assim já aconteceria imunização em massa. E só depois todos receberiam a segunda dose.
"Com duas doses, vai a 90 e tantos por cento (a eficácia da imunização da vacina de Oxford). Com uma dose vai a 71%. Com 71%, talvez, a gente entre para imunização em massa. É uma estratégia que o CVS (Centro de Vigilância Sanitária) vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco não seja na imunidade completa, mas na redução da contaminação. E aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose depois de um tempo", apontou.