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- Publicada em 05 de Janeiro de 2021 às 20:32

Itamaraty nega proibição para importação de vacinas da Índia

Anvisa diz que precisa de mais informações para que o uso emergencial da vacina seja aprovado

Anvisa diz que precisa de mais informações para que o uso emergencial da vacina seja aprovado


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira que não há qualquer tipo de proibição oficial do governo da Índia para exportação de doses da vacina contra o novo coronavírus produzidas por indústrias farmacêuticas daquele país. Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se na segunda-feira, em Brasília, com o embaixador da Índia, para tratar do assunto.
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira que não há qualquer tipo de proibição oficial do governo da Índia para exportação de doses da vacina contra o novo coronavírus produzidas por indústrias farmacêuticas daquele país. Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se na segunda-feira, em Brasília, com o embaixador da Índia, para tratar do assunto.
"As negociações entre a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Serum da Índia para a importação pelo Brasil de quantitativo inicial de doses de imunizantes contra a Covid-19 encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro", diz a nota, assinada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Saúde.
No dia 31 de dezembro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de 2 milhões de doses da vacina britânica da Oxford. As doses importadas foram fabricadas na Índia. Em reunião com representantes da Fiocruz, a Anvisa disse que precisa de mais informações para que o uso emergencial da vacina no Brasil seja aprovado.
Na segunda-feira, o chefe do Instituto Serum da Índia, Adar Poonawalla, chegou a dizer, por meio de nota, que as exportações estariam barradas pelo governo da Índia, até que parte da população local fosse imunizada. Na ocasião, a Fiocruz disse que o Itamaraty estava negociando a importação das doses da vacina com autoridades sanitárias da Índia.
A afirmação sobre restrições à exportação da vacina foi desmentida por Poonawalla em nota, assinada em conjunto com o diretor do laboratório indiano Bharat Biotech, Krishna Ella. A empresa produz outra vacina contra a Covid-19, a Covaxin. A empresa negocia a venda de 5 milhões de doses da vacina para a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC).
A vacina de Oxford é a principal aposta do governo federal para vacinar já em 20 de janeiro, data apontada como "cenário mais otimista" para começo da campanha. Antes, a Fiocruz pretendia apenas receber o insumo farmacêutico neste mês e completar a fabricação das doses no Brasil, que só seriam liberadas em fevereiro, num primeiro lote de 30 milhões de unidades. No total, a Fiocruz espera produzir e distribuir 210,4 milhões de doses desta vacina em 2021.
O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de ingredientes para as doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.
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