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Eleições 2020

- Publicada em 29 de Outubro de 2020 às 21:28

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre querem melhorar desempenho no Ideb

Repor conteúdos perdidos na pandemia está entre as propostas

Repor conteúdos perdidos na pandemia está entre as propostas


/Alex Rocha/PMPA/JC
Além dos problemas antigos da educação no município de Porto Alegre, como a falta de vagas nas creches e a posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os candidatos à prefeitura também estão se preocupando com a reposição do conteúdo perdido por conta da pandemia, um dos novos desafios. Ainda que algumas questões apareçam com mais frequência nas falas dos candidatos, as propostas para a educação buscam solucionar esses problemas e, também, promover novas iniciativas, para incluir o contraturno escolar ou para garantir mais segurança nas escolas.
Além dos problemas antigos da educação no município de Porto Alegre, como a falta de vagas nas creches e a posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os candidatos à prefeitura também estão se preocupando com a reposição do conteúdo perdido por conta da pandemia, um dos novos desafios. Ainda que algumas questões apareçam com mais frequência nas falas dos candidatos, as propostas para a educação buscam solucionar esses problemas e, também, promover novas iniciativas, para incluir o contraturno escolar ou para garantir mais segurança nas escolas.
O Ideb é uma pauta que recebe a atenção de muitos candidatos, tendo em vista que é o indicador responsável por medir a qualidade da educação. Em 2019, Porto Alegre ficou em 25º lugar no ranking nacional dos anos iniciais e em 21º lugar dos anos finais do ensino fundamental. Nenhuma das escolas do município alcançou a média 6, valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade. Caso esses candidatos sejam eleitos, eles defendem que irão investir para fazer com que as escolas da Capital alcancem melhores pontuações.
Apesar de seis creches terem sido fechadas pela prefeitura no ano passado, nenhuma criança ficou desatendida na Capital, segundo informou, em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Smed). Mesmo assim, para os próximos quatro anos, alguns candidatos pretendem abrir mais creches e, também, aumentar o número de turnos de atendimento, criando creches noturnas.
O Jornal do Comércio conversou com os candidatos para entender quais serão suas prioridades para a educação na Capital caso sejam eleitos.

Fernanda Melchionna (PSOL)

Primeiramente, ampliar a educação integral no município para garantir que o conteúdo perdido em 2020 seja dado em atividades de educação integral e contraturno escolar. Depois, ampliar a rede própria da educação infantil e, evidentemente, ampliar as vagas em creches. A terceira proposta é buscar uma constituinte escolar para discutir com professores e professoras a melhor forma de refundar a rede e construir os desafios da educação a partir de 2021.

Gustavo Paim (PP)

Entre as propostas estão, investir na implantação de três escolas cívico-militares em regiões periféricas da cidade para diminuir a evasão escolar. Além disso, qualificar a rede municipal, investir em tecnologia, realizar avaliações próprias para monitoramento da qualidade da educação do município e aumentar ofertas de atividades no turno inverso.

João Derly (Republicanos)

As prioridades são trabalhar com o plano municipal da educação para fazer um plano de ação e de aplicação dos nossos recursos, buscando uma melhor nota no Ideb. Em segundo lugar, queremos implementar o contraturno escolar com oficinas da cultura gaúcha e oportunidades no esporte. Também temos que nos preocupar com alternativas para reforçar os conteúdos perdidos em 2020 e com a questão da segurança nas escolas.

José Fortunati (PTB)

Queremos fazer um amplo debate para discutir a recuperação do ano letivo de 2020, levando em consideração questões pedagógicas e psicológicas; ampliar o atendimento das creches e pré-escolas; qualificar o ensino para combater a evasão escolar e aumentar a nota do Ideb; formar grupo especializado para auxiliar o professor a acompanhar o trabalho da criança e do adolescente com necessidades educativas especiais; e criar política de capacitação para os professores.

Juliana Brizola (PDT)

Vamos resgatar aquilo que Porto Alegre já foi nos tempos de Leonel Brizola. Nossa cidade já foi referência na área educacional e não podemos mais aceitar índices tão baixos. Para isso, temos alguns eixos prioritários: investimento maciço na Escola de Tempo Integral; Programa Nenhuma Criança sem Creche; ampliação do horário das creches e implementação da creche noturna, permitindo que as mães possam ter um trabalho formal.

Julio Flores (PSTU)

Em primeiro lugar, queremos devolver a autonomia das escolas. Também temos a prioridade de tirar as crianças da rua e, por isso, queremos instituir uma escola de turno integral. Além disso, queremos criar muitas creches públicas para garantir que as crianças tenham onde ficar enquanto os pais trabalham, em todos os turnos.

Manuela d'Ávila (PCdoB)

Implementar plano de volta às aulas com debate com a comunidade escolar e reforçando turno inverso. Vamos criar novas vagas na educação infantil e enfrentar a volta da fome e do trabalho infantil com um programa de renda para as crianças ficarem na escola. Elevaremos a nota do Ideb municipal com formação continuada dos professores e profissionais da educação, metas, gestão democrática, diagnóstico e plano pedagógico.

Montserrat Martins (PV)

Queremos criar um amplo programa de inclusão digital para escolas públicas. Também pensamos em instituir o reforço escolar no contraturno para trabalhar as dificuldades dos alunos. Queremos mudar a falta de segurança através das Estratégias de Cultura da Paz. Outra prioridade é garantir que as escolas recebam suporte das redes de assistência social, para que os jovens em situação de vulnerabilidade tenham algum suporte emocional.

Nelson Marchezan Júnior (PSDB)

Em primeiro lugar, ampliaremos a oferta na educação infantil, especialmente dos zero aos 3 anos de idade. Em segundo lugar, continuaremos a qualificação e a formação de todos os professores da educação infantil, que já foi iniciada, para que a alfabetização seja facilitada no primeiro ano do ensino fundamental. Também vamos procurar melhorar os índices de aprendizagem no ensino fundamental.

Rodrigo Maroni (Pros)

A nossa prioridade é a valorização dos professores. Pretendemos, por meio de um projeto de lei no Poder Executivo, sugerir o aumento do salário dos professores para que eles tenham o maior salário do município, sendo o teto salarial.

Sebastião Melo (MDB)

A primeira coisa será restabelecer o diálogo na rede municipal para discutir o ano perdido de 2020 e, para isso, pensamos em uma central de conteúdo. Segunda, debater com a comunidade escolar o ano letivo de 2021. Também gostaríamos de discutir o Ideb e a implementação do turno inverso para reforço escolar, de atividades extracurriculares e de ensinamentos para a vida, como aulas sobre finanças, trânsito e separação de lixo, por exemplo. Queremos melhorar a tecnologia nas escolas e garantir oportunidades de uma formação continuada aos professores.

Valter Nagelstein (PSD)

Criar uma meta para trazer Porto Alegre para as cinco primeiras posições do Ideb. Depois, queremos proporcionar para as crianças do ensino básico da rede municipal um equipamento eletrônico para o ensino híbrido. Também queremos implementar o uniforme nas escolas, aumentar o número de convênios com creches comunitárias para o atendimento da primeira infância e criar premiações para as escolas com melhores posições no Ideb e para os alunos com melhor desempenho.