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Eleições 2020

- Publicada em 26 de Outubro de 2020 às 20:37

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre querem ampliar horário de postos

Centro de Saúde Modelo é um dos que operam até 22h na Capital

Centro de Saúde Modelo é um dos que operam até 22h na Capital


CLAITON DORNELLES/JC/CLAITON DORNELLES/arquivo/JC
Ainda que muitas sejam as divergências entre os candidatos que concorrem à prefeitura de Porto Alegre, em suas propostas há uma convergência: a maioria quer ampliar o horário de atendimento dos postos de saúde e melhorar a qualidade da rede básica de saúde como um todo. O objetivo, segundo os concorrentes, é facilitar o acesso da população aos serviços de saúde, ampliando, assim, a oferta de atendimento das unidades espalhadas pela cidade.
Ainda que muitas sejam as divergências entre os candidatos que concorrem à prefeitura de Porto Alegre, em suas propostas há uma convergência: a maioria quer ampliar o horário de atendimento dos postos de saúde e melhorar a qualidade da rede básica de saúde como um todo. O objetivo, segundo os concorrentes, é facilitar o acesso da população aos serviços de saúde, ampliando, assim, a oferta de atendimento das unidades espalhadas pela cidade.
Atualmente, pelo menos oito postos atuam com o atendimento ampliado, sendo eles as unidades de saúde (US) Belém Novo (Belém Novo), Diretor Pestana (Farrapos), Modelo (Santana), Morro Santana (Protásio Alves), Primeiro de Maio (Cascata), Ramos (Rubem Berta), São Carlos (Partenon) e Tristeza (Tristeza). A ampliação do horário de atendimento foi uma demanda executada pela atual gestão e, agora, é prioridade de outros candidatos. Além dos oito locais com funcionamento até as 22h, o município conta ainda outras 23 unidades com funcionamento estendido, ficando abertas por 12 horas.
A saúde sempre foi uma das demandas sociais mais invocadas pela sociedade. Com a chegada da pandemia da Covid-19, uma das maiores crises sanitárias da história, a demanda não foi diferente, levando o tema "saúde" mais uma vez às principais pautas trabalhadas pelos candidatos. Nesse contexto, as prioridades dos concorrentes abrangem desde a garantia da vacina contra a Covid-19 quando estiver disponível, a ampliação e a manutenção dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a valorização dos profissionais de saúde até a criação de uma empresa pública focada em estratégia da família, que garanta que os trabalhadores do atual Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (Imesf) sigam prestando serviços.
Para entender o que esperar do futuro de Porto Alegre nessa área, a reportagem do Jornal do Comércio perguntou aos candidatos quais serão as prioridades para a saúde dos porto-alegrenses se forem eleitos.

O que dizem os candidatos ao Paço Municipal

Fernanda Melchionna (PSOL)
A prioridade será garantir a vacina da Covid-19 para imunizar a população e salvar vidas assim que ela estiver disponível. Em segundo, retomar a gestão pública da saúde, criar a empresa pública da estratégia da família para garantir que os trabalhadores do Imesf sigam trabalhando com a prefeitura e possamos ampliar a oferta de atendimento da atenção básica e a saúde preventiva.
Gustavo Paim (PP)
Trabalharei na melhoria de 4 pilares: acesso do paciente, qualidade do acesso, gestão do acesso e financiamento. Pretendo incentivar a contratualização para oferecer melhoria na prestação dos serviços a um custo menor, dobrar o número de postos de saúde até as 22h por gerência distrital, avançar ainda mais na telemedicina, e priorizar e garantir o processo de imunização contra a Covid-19 para todos que desejarem.
João Derly (Republicanos)
Nossa prioridade será a atenção primária e a saúde preventiva. Implantaremos a Atenção Domiciliar, assegurando a integralidade e a continuidade dos cuidados do paciente no domicílio, através de equipes interdisciplinares, vinculadas às UPAs e às UBS. Queremos que as equipes de saúde tenham vínculo com os cidadãos e que sejam referência. Implantaremos plano de carreira aos profissionais da saúde, valorizando tempo de serviço e conhecimento/atualização profissional.
José Fortunati (PTB)
A pandemia traz novidades em relação à vacina da Covid-19, então temos essa necessidade de compra caso o governo federal não consiga atender a demanda. Também vamos precisar aumentar a capacidade de atendimento do SUS por causa das doenças represadas e trabalhar pela a preservação do Imesf, não como fundação pública, mas como empresa pública. Também iremos ampliar a telemedicina e a rede básica de saúde e promover a abertura da maternidade do hospital da Restinga.
Júlio Flores (PSTU)
Retomaremos os postos privatizados e vamos abrir novos só com pessoal concursado. Além disso, reabriremos o Imesf com o pessoal que foi afastado, e estatizaremos todos os hospitais privados, a começar pelos devedores do SUS. Também vamos construir novos hospitais, com pessoal 100% concursado. Tudo isso controlado diretamente pelos Conselhos Populares, com a participação dos usuários e trabalhadores da saúde municipal.
Manuela d'Ávila (PCdoB)
Vamos garantir a vacina para o coronavírus, comprando direto dos laboratórios, e reabrir os postos fechados, como o da Vila Tronco, além de ampliar acesso a consultas e a tratamentos resolutivos. Vamos abrir a maternidade no Hospital da Restinga. Também vamos fortalecer a atenção primária, com saúde bairro a bairro e equipes de saúde da família casa a casa.
Montserrat Martins (PV)
Minhas cinco prioridades são a ampliação e a valorização da estratégia de saúde da família com a reabertura de todos os postos que foram fechados, convênios com os laboratórios do Estado para testes de Covid-19, vacinas e medicamentos de farmácia, reabertura dos hospitais Parque Belém e Beneficência Portuguesa e programa de entreajuda para dependentes químicos dentro da estratégia da família. Outro ponto prioritário é o planejamento familiar e o programa de prevenção de gravidez na adolescência.
Nelson Marchezan Júnior (PSDB)
A prioridade para a saúde é dar continuidade a implementação da marcação de consultas por aplicativo e ao prontuário eletrônico, já em operação em todas as unidades básicas de saúde, além de ampliar os atendimentos nos postos - já são oito atendendo até as 22h e 26 que atendem 12 horas por dia sem interrupção. Ampliamos de 44% para 62% a cobertura das equipes de saúde da família e o objetivo é dar andamento nesse trabalho. Houve, também, uma redução de 50% no número de pessoas esperando atendimento e exames especializados. Em 2016, eram 89 mil aguardando atendimento e, em 2019, 39 mil. Com a pandemia, ainda temos uma demanda incerta na saúde, mas a meta é continuar diminuído a espera por consultas e exames.
Rodrigo Maroni (Pros)
Quero trabalhar para reestruturar as unidades básicas de saúde, promover programas de capacitação de agentes comunitários e de endemias, ampliar o horário de atendimento das unidades básicas de saúde e promover a valorização dos profissionais de saúde que atuam há 20, 30 anos pelo município.
Sebastião Melo (MDB)
Vamos preparar a cidade para a vacina da Covid-19 e, no pós-pandemia, faremos dois mutirões. Um para resolver as cirurgias atrasadas e outro para as consultas muito represadas em várias áreas, especialmente na saúde mental. Vamos ter a política de continuar com o aumento do atendimento até as 22h nos postos que forem possíveis, vamos usar a tecnologia para melhorar a vida da saúde.
Valter Nagelstein (PSD)
Retomar as cirurgias que ficaram atrasadas ao longo desse ano, caminhar para aumentar o número de postos abertos até as 22h em 25% e preparar a cidade para o pós-pandemia ou, eventualmente, para uma segunda onda, de forma que se garanta que as atividades econômicas não fechem e que haja leitos suficientes para atender às pessoas.