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Geral

- Publicada em 04 de Outubro de 2020 às 21:13

Número de consultas pediátricas em Porto Alegre cai durante a pandemia

Mais de 60% dos médicos consultados afirmaram que houve diminuição nas consultas

Mais de 60% dos médicos consultados afirmaram que houve diminuição nas consultas


JOHN MOORE/GETTY IMAGES/AFP/JC
O número de consultas pediátricas reduziu consideravelmente durante a pandemia. Segundo o levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 61% dos mais de 1,5 mil pediatras entrevistados apontaram queda no número de atendimentos. O medo de contágio e a suspensão do contato com outras crianças podem ser os principais motivos para essa diminuição.
O número de consultas pediátricas reduziu consideravelmente durante a pandemia. Segundo o levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 61% dos mais de 1,5 mil pediatras entrevistados apontaram queda no número de atendimentos. O medo de contágio e a suspensão do contato com outras crianças podem ser os principais motivos para essa diminuição.
Para entender melhor o cenário, o pediatra e membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) José Paulo Ferreira explica que as consultas podem ser de duas naturezas: as de puericultura, que são as de supervisão de saúde, e as de pronto atendimento. Ainda que os números de ambos tipos de consulta tenham reduzido, o médico acredita que acontece por motivos diferentes.
O primeiro tipo de consulta é para saber se o desenvolvimento, a alimentação, a saúde e a vacinação estão como previstos. Para Ferreira, essas não acontecem por conta do medo que os pais podem ter de levar os filhos a uma unidade de saúde ou consultório. Já o segundo, que é quando as crianças ficam resfriadas ou com otite, por exemplo, tem outra explicação. "Como as crianças estão há seis meses em casa, sem ir para a escola, não há tanta circulação de vírus e bactérias. Então houve uma diminuição na ocorrência de algumas patologias", contextualiza.
Em Porto Alegre, os pronto atendimentos Lomba do Pinheiro, Bom Jesus e Cruzeiro do Sul apresentaram redução de mais de 70% nos atendimentos pediátricos em relação ao mesmo período do ano passado. Nos meses de junho, julho e agosto, a queda no número foi de, respectivamente, 79%, 78% e 75%. Só no mês passado foram registrados 5.176 atendimentos a menos do que em agosto de 2019.
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A pediatra e assessora técnica da coordenação de Urgências da Secretaria Municipal da Saúde, Marcela Botta, acredita que os motivos são os mesmos citados por Ferreira. "Não estamos vendo doença respiratória que não seja Covid-19. As bronquiolites, gripes e outras doenças que vemos no inverno não apareceram esse ano", acrescenta.
Com a retomada das atividades presenciais na educação, os pediatras acreditam que o número possa crescer. "A época de maior circulação desses vírus vai de final de abril a início de setembro. O retorno das atividades em outubro vai aumentar o número de atendimentos, mas naturalmente vamos ter menos vírus respiratórios", explica Marcela.
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