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Saúde

- Publicada em 29 de Setembro de 2020 às 20:50

Estudo aponta que 62% das mulheres aguardam fim da pandemia de coronavírus para realizar exames de detecção de câncer de mama

Em 27% das respostas de mulheres com idades entre 50 e 59 anos, o médico não costuma solicitar ultrassom ou mamografia nos exames de rotina

Em 27% das respostas de mulheres com idades entre 50 e 59 anos, o médico não costuma solicitar ultrassom ou mamografia nos exames de rotina


CLAITON DORNELLES /JC
Mesmo com a oferta de exames para detecção de câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos privados, muitas mulheres ainda ficam receosas em procurar atendimento médico em meio à pandemia da Covid-19 para dar continuidade aos exames de rotina. Prova disso é que, desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, mais de 62% das mulheres deixaram de ir ao ginecologista ou ao mastologista. Entre as que têm 60 anos ou mais e pertencem ao grupo de risco, o índice chega a 73%, segundo a segundo a pesquisa “Câncer de mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena”, divulgada nesta terça-feira (29) pela farmacêutica Pfizer em transmissão ao vivo pela internet.
Mesmo com a oferta de exames para detecção de câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos privados, muitas mulheres ainda ficam receosas em procurar atendimento médico em meio à pandemia da Covid-19 para dar continuidade aos exames de rotina. Prova disso é que, desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, mais de 62% das mulheres deixaram de ir ao ginecologista ou ao mastologista. Entre as que têm 60 anos ou mais e pertencem ao grupo de risco, o índice chega a 73%, segundo a segundo a pesquisa “Câncer de mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena”, divulgada nesta terça-feira (29) pela farmacêutica Pfizer em transmissão ao vivo pela internet.
Realizado pelo Ibope Inteligência, o estudo entrevistou 1.400 mulheres, com 20 anos ou mais, das classes A, B e C, no período de 11 a 20 de setembro, por meio de uma plataforma online. A amostra foi coletada em São Paulo, Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife.
De acordo com a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine, mesmo que o momento de pandemia exija o distanciamento social para prevenção da contaminação pela Covid-19, é fundamental que as mulheres estejam em dia com os seus exames de rotina para a identificação precoce de doenças como o câncer de mama. “É compreensível que as pessoas tenham medo do novo coronavírus, mas ainda que seja compreensível é preocupante saber desse atraso, porque isso pode ter um impacto muito sério”, afirmou. Durante a apresentação da pesquisa, Márjori fez um apelo para que as pessoas não deixem para depois exames que são necessários para manter a qualidade de vida. “O câncer não faz quarentena, por isso a importância do acompanhamento precoce”, advertiu.
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Ainda que a busca por atendimento médico e exames de rotina tenha diminuído em decorrência da pandemia, 72% das entrevistadas afirmaram que vão ao ginecologista ou ao mastologista regularmente. Entretanto, uma em cada quatro disse não conversar com o médico sobre prevenção, nem receber orientações sobre a importância do checkup anual e do autoexame. Conforme a pesquisa, as informações sobre prevenção nos consultórios acontecem, principalmente, a partir dos 40 anos. Das mulheres com idades entre 20 e 29 anos, 32% afirmaram não conversar sobre prevenção com especialistas ou receber informações suficientes sobre o tema. Nas faixas etárias entre 30 e 39, esse índice chega a 33%.
No Brasil, a prevalência do câncer de mama em mulheres jovens, com menos de 35 anos, é de 4% a 5%. Como esse grupo está fora do público de rastreamento e a frequência de tumores agressivos é maior nessa faixa etária, muitas vezes o diagnóstico se dá em uma fase mais avançada. “O fato de tumores mais agressivos acometerem pessoas mais jovens faz com que tenhamos a necessidade de falar sobre o assunto e também sobre prevenção precoce”, alertou Márjori.
Para a oncologista clínica da Rede D'Or - Onco Star e Hospital São Luiz do Itaim, de São Paulo, Maria Del Pilar Estevez Diz, diversos fatores podem influenciar o aparecimento do câncer de mama, sendo que nem todos estão ligados a fatores genéticos. “O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco, como idade, questões hormonais, história reprodutiva, aspectos comportamentais e ambientais, entre outros. Os fatores hereditários correspondem a apenas 5% a 10% do total de casos de câncer de mama”.
O levantamento apontou ainda que por mais que pessoas com faixas etárias elevadas tenham mais chances de desenvolver câncer de mama, em 27% das respostas de mulheres com idades entre 50 e 59 anos, o médico não costuma solicitar ultrassom ou mamografia nos exames de rotina. Quando se trata do grupo de mulheres com 60 anos ou mais, o número chega a 29%.
Das 1.400 entrevistadas, 69% afirmaram conhecer alguém que teve a doença ou que ainda está enfrentando o câncer de mama, sejam familiares próximos, amigos, conhecidos ou elas mesmas. Destas, 66% também disseram que conhecer alguém que passou ou passa por isso fez com que elas passassem a se cuidar mais e prevenirem-se.

Prevenção do câncer de mama

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com alguns hábitos
  • Praticar Exercícios físicos regularmente;
  • Comer alimentos saudáveis;
  • Manter o peso adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Amamentar, caso tenha filhos.