Neste domingo, 27 de setembro, é comemorado no Brasil o Dia do Idoso, data criada para valorizar a vida depois dos 60 anos, uma fase em que é cada vez mais comum manter uma rotina ativa, com atividades físicas, intelectuais e de diversão. Mas, é também nesse período da vida que surge uma das principais preocupações da terceira idade e de seus familiares: como fica a capacidade de raciocínio, a memória e a clareza mental de quem já passou dos 60 anos?
O impasse aumentou durante a pandemia de Covid-19, que impôs um confinamento bem rigoroso aos idosos, já que a faixa etária após os 60 anos é classificada como grupo de risco para a doença do novo coronavírus. Por isso, muitas pessoas da terceira idade deixaram de procurar os atendimentos médicos, afirma o neurologista do Hospital 9 de Julho (em São Paulo), Diogo Haddad.
"Idosos são um grupo de risco para a covid-19, e por isso necessitam de maiores cuidados, principalmente voltados ao isolamento, porém muitos deixaram de acompanhar doenças crônicas por medo e, neste momento, estão procurando atendimento de urgências por descontrole de suas doenças crônicas".
Ele ainda destaca que, o isolamento aumentou os sintomas de ansiedade nesta faixa etária. "É um grupo que tende a ter poucas atividades externas e nesse momento o isolamento não permite essas interações e atividades sociais, o que também tem provocado um aumento importante de sintomas ansiosos nesta população".