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Geral

- Publicada em 22 de Setembro de 2020 às 13:22

Estudo nacional mostra salto na amamentação infantil no Brasil

Aleitamento exclusivo entre crianças menores de quatro meses cresceu de 4,7% para 60% em 34 anos

Aleitamento exclusivo entre crianças menores de quatro meses cresceu de 4,7% para 60% em 34 anos


ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL/JC
As mães brasileiras amamentam seus filhos por mais tempo e com mais qualidade. Esse é o principal resultado apresentado pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em relatório preliminar de indicadores de aleitamento materno no Brasil. O trabalho aponta um aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro meses, em relação a 1986 – um salto de 4,7% para 60%. Já entre os menores de seis meses, o índice aumentou 42,8 pontos percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% ao ano.
As mães brasileiras amamentam seus filhos por mais tempo e com mais qualidade. Esse é o principal resultado apresentado pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em relatório preliminar de indicadores de aleitamento materno no Brasil. O trabalho aponta um aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro meses, em relação a 1986 – um salto de 4,7% para 60%. Já entre os menores de seis meses, o índice aumentou 42,8 pontos percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% ao ano.
O coordenador nacional do estudo e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gilberto Kac, ressalta que os números apontam que a licença-maternidade de quatro meses ajudou a aumentar o percentual de crianças alimentadas exclusivamente com o leite materno até essa idade.
"É possível observar a importância da licença-maternidade na melhora dos resultados. 60% das crianças brasileiras são amamentadas exclusivamente até quatro meses, período da licença, mas a prevalência cai para 45% quando analisamos dados até seis meses, idade recomendada para aleitamento exclusivo pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", destaca.
Além da licença-maternidade, que em 1986 era de apenas 84 dias, outros pontos históricos podem ter influenciado na ampliação do aleitamento materno no Brasil, como alguns programas, como o Empresa Cidadã, que amplia a licença para seis meses e conta com mais de 22 mil empresas; órgãos públicos que oferecem o mesmo para suas servidoras; e salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho. Outra questão que influencia é a regulação de propagandas de substitutos da amamentação.
O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil é uma pesquisa inédita no Brasil, realizada pela UFRJ e encomendada pelo Ministério da Saúde. O levantamento coletou dados em visitas domiciliares em 15 mil casas em todos os estados do país, além do Distrito federal. O inquérito coletou informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos e realizou exame de sangue nos participantes com mais de seis meses de vida.
Pela primeira vez, dados sobre o crescimento e o desenvolvimento infantil e o mapeamento sanguíneo de 12 micronutrientes, como os minerais zinco e selênio e vitaminas do complexo B, foram investigados em todo o território nacional. Informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família também foram pesquisadas.
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