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Geral

- Publicada em 02 de Setembro de 2020 às 11:44

Com nascimentos em baixa, taxa de crescimento vegetativo do RS atinge menor patamar

Em 2019, diferença entre nascidos e óbitos resultou em um crescimento de 0,40% em relação à população de 2018

Em 2019, diferença entre nascidos e óbitos resultou em um crescimento de 0,40% em relação à população de 2018


LUIZA PRADO/JC
Com a menor taxa de natalidade desde o início da série histórica em 2000 e estabilidade na taxa de mortalidade, o Rio Grande do Sul registrou em 2019 o seu mais baixo crescimento vegetativo. No ano passado, a diferença entre o número de nascidos e de óbitos no Estado resultou em um aumento de 45,4 mil habitantes, o que representa 0,40% de crescimento em relação à população de 2018.
Com a menor taxa de natalidade desde o início da série histórica em 2000 e estabilidade na taxa de mortalidade, o Rio Grande do Sul registrou em 2019 o seu mais baixo crescimento vegetativo. No ano passado, a diferença entre o número de nascidos e de óbitos no Estado resultou em um aumento de 45,4 mil habitantes, o que representa 0,40% de crescimento em relação à população de 2018.
Os patamares registrados em 2019 são ainda menores dos que os relativos a 2018, quando o crescimento vegetativo havia sido de 0,45% e representava a mínima histórica até então. Estes e outros dados referentes ao perfil dos habitantes do Estado foram apresentados nesta quarta-feira (2) no estudo Estimativas populacionais por idade e sexo dos municípios do Rio Grande do Sul, desenvolvido pelo Departamento de Economia e Estatística. 
Os dados confirmam uma tendência geral de baixo crescimento vegetativo e envelhecimento da população do Rio Grande do Sul, com aumento no contingente de idosos e redução no número de jovens. As regiões do Vale dos Sinos e Paranhana concentram oito dos dez municípios (de população acima de 20 mil habitantes) com o maior percentual de moradores potencialmente ativos (entre 15 e 59 anos).
Assim como em 2018, Dois Irmãos lidera o ranking, tendo 22.750 dos 32.913 habitantes nesta faixa etária (69,12%), seguido de Charqueadas (68,05%), Nova Hartz (67,70%), Parobé (67,50%) e Ivoti (67,35%). Na outra ponta do ranking, dos municípios com menores percentuais da população entre 15 e 59 anos, estão Imbé (59,04%), São Sepé (59,51%), Santana do Livramento (59,78%), Tramandaí (59,79%) e Caçapava do Sul (59,83%).
No Estado, 7.221.167 pessoas estão na faixa etária hipoteticamente apta a produzir, o que representa 63,47% do total de habitantes. Entre os idosos, São Sepé (24,15%), Caçapava do Sul (23,08%) e São Lourenço do Sul (22,65%) são os municípios com maior percentual da população com 60 anos ou mais, enquanto a média do Rio Grande do Sul é de 18,19%. Na faixa etária de 0 a 14 anos, Capão da Canoa (24,06%), Tramandaí (22,93%) e Alvorada (22,19%) estão no topo do ranking estadual.
O percentual de jovens na população gaúcha em 2019 era de 18,34%. Lideram a lista com maior percentual nessa faixa etária Capão da Canoa (24,06%), Tramandaí (22,93%) e Alvorada (22,19%).
O diretor do DEE, Pedro Zuanazzi, que elaborou a estimativa, explica que "geralmente municípios de maior renda média atraem população por migração, predominantemente jovens, ao passo que têm uma taxa de fecundidade menor". Porém, "Capão da Canoa, Tramandaí e Alvorada são exceções, pois apresentam taxas de migração positivas e taxas de fecundidade acima da média estadual”, ressalta Zuanazzi.

Mulheres são maioria na população gaúcha 

Assim como em 2018, em 2019 as mulheres seguem sendo a maioria na população gaúcha, com cem pessoas do sexo feminino para cada 94,8 homens. Ao todo, as mulheres representam 51,33% dos habitantes do Estado. Entre os municípios com mais de 20 mil habitantes, Porto Alegre continua com o maior percentual de pessoas do sexo feminino (53,80%), seguida de Pelotas (52,96%) e Cruz Alta (52,83%).
Os municípios em que o percentual de homens é mais significativo são Charqueadas (59,73%), São Francisco de Paula (51,23%) e São José do Norte (51,08%). Chama atenção, ainda, o fato de que nascem mais meninos no Estado, mas as mulheres são maioria a partir dos 30 anos.
Segundo o diretor do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), Pedro Zuanazzi, "as estimativas populacionais por idade e sexo são fundamentais tanto para o Estado quanto para a iniciativa privada". O Estado precisa desses números, por exemplo, para fazer o acompanhamento das taxas de matrícula e para distribuir o correto número de vacinas para cada região. "Já a iniciativa privada necessita para conhecer onde está o seu público-alvo, o que possibilita um melhor atendimento da demanda”, destaca o pesquisador.
Os dados completos por município podem ser pesquisados por qualquer pessoa por meio da ferramenta PoPVis: Portal Demográfico, desenvolvida e atualizada pelo DEE/SPGG com os dados populacionais mais recentes. Além dos dados de todas as cidades gaúchas, no portal é possível visualizar as informações por Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) e regiões funcionais do Estado.
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