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- Publicada em 25 de Agosto de 2020 às 21:03

No Brasil, 46,7% das crianças de até 3 anos precisam frequentar creche

Creche

Creche


/Marco Quintana/arquivo/JC
A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal divulgou, nesta terça-feira (25), um estudo que estima que 46,7% das crianças de 0 a 3 anos - equivalente a mais de 5 milhões de crianças - têm necessidade de frequentar creche em áreas urbanas no Brasil. Desse percentual, 23,3% são de famílias pobres, 20,7% são filhos de mulheres que trabalham ou trabalhariam fora de casa se houvesse vaga em creche, e 2,7% são de famílias monoparentais. A pesquisa utiliza o Índice de Necessidades de Creches (INC), indicador que permite identificar os grupos que mais necessitam do serviço em cada município brasileiro. O estudo tem como base a metodologia desenvolvida pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul.
A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal divulgou, nesta terça-feira (25), um estudo que estima que 46,7% das crianças de 0 a 3 anos - equivalente a mais de 5 milhões de crianças - têm necessidade de frequentar creche em áreas urbanas no Brasil. Desse percentual, 23,3% são de famílias pobres, 20,7% são filhos de mulheres que trabalham ou trabalhariam fora de casa se houvesse vaga em creche, e 2,7% são de famílias monoparentais. A pesquisa utiliza o Índice de Necessidades de Creches (INC), indicador que permite identificar os grupos que mais necessitam do serviço em cada município brasileiro. O estudo tem como base a metodologia desenvolvida pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul.
O Plano Nacional de Educação (PNE) prevê, em sua Meta 1, que até 2024 pelo menos 50% das crianças de até 3 anos tenham uma vaga assegurada em creche. No entanto, conforme o Relatório do 3º Ciclo de Monitoramento do PNE 2020, o percentual de crianças de até 3 anos em creches estava em 35,7% em 2018, ano do último resultado disponível. Para a fundação, por se tratar de uma média nacional, essa meta do PNE não traduz as reais necessidades de cada região, pois dependendo das características socioeconômicas da população, a demanda pode ser maior ou menor.
Conforme o estudo divulgado pela entidade, em 2020, 51% das crianças do Sudeste precisam de creche; no Sul, 46,8%; no Nordeste, 44,7%; no Norte, 42,5%, enquanto no Centro-Oeste, a proporção é de 38,5%. No Norte e no Nordeste, a maior necessidade é entre crianças pobres; nas demais regiões, quem mais precisa de creche são os filhos de mães que trabalham fora de casa ou trabalhariam se houvesse vaga disponível. O levantamento aponta ainda que Salvador (BA) - 63,3% -, Maceió (AL) - 59% -, São Paulo (SP) - 58,3% -, Recife (PE) - 57% - e Manaus (AM) - 56,9% - são as capitais com demandas mais expressivas. Por outro lado, o município com o menor INC é Porto Velho (RO) - 34%.
Outro estudo apresentado pela fundação, intitulado "Expansão de vagas em creches no Brasil" mostra que, em 2019, havia 3,7 milhões de matrículas em creches e que a maioria delas (59,3%) era da rede municipal. Segundo o levantamento, no prazo de uma década, as matrículas em creches passaram de 23,2% (2009) para 34,2% em 2018, ou seja, 3,4 milhões de crianças. No mesmo ano, havia 69.745 creches no País.
O documento reforça que apesar da evolução com o passar dos anos, a oferta atual não é suficiente para suprir as demandas. "Mesmo levando em conta que a creche não é obrigatória, o cumprimento da Meta 1 do PNE representa um esforço enorme para a administração pública: incluir 1,9 milhão de crianças até 2024, chegando a 5,5 milhões de matrículas". A pesquisa evidencia ainda outra problemática: as desigualdades no acesso a creches no Brasil. Entre os 25% mais pobres, 26% das crianças de 0 a 3 anos estão na creche, enquanto no grupo dos 25% mais ricos, 55% estão matriculadas nesta etapa.
O estudo também acende um alerta para as questões econômicas nesse momento de pandemia da Covid-19, já que a situação deve levar ao fechamento de muitas escolas de educação infantil privadas, fazendo com que demanda por vagas na rede pública aumente.
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