Depois da divulgação do mapa prévia das bandeiras do distanciamento controlado no Rio Grand do Sul, regiões já de mobilizam para alterar a cor, buscando provar que a situação não exigiria mais restrições. É o caso dos municípios do Vale do Rio Pardo que vão ingressar com recurso contra a cor vermelha, segundo informação da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp).
Regiões podem questionar a situação no mapa até a manhã deste domingo (19). A entidade disse que prefeitos e secretários municipais de Saúde analisaram na manhã desta sábado (18) os indicadores juntamente com a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde e a equipe técnica do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale).
O que pesou na cor foi a variação de um dos indicadores. A região passou de cor amarela à preta em função dos quatro óbitos registrados na semana. O Gabinete de Crise do governo do Estado informou que a bandeira vermelha recai principalmente na situação da macrorregião dos Vales – que engloba ainda Lajeado e Cachoeira do Sul.
"Faremos um movimento e articulação com as regiões de Lajeado e Cachoeira do Sul para um alinhamento no discurso e na produção do recurso. Uma bandeira vermelha complicaria ainda mais a já difícil situação econômica das comunidades. Somos uma das poucas no Estado que ainda não teve de enfrentar isso", afirmou o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge.
O médico infectologista Marcelo Carneiro fez uma alerta para os casos de Covid-19 em instituições de Longa Permanência para Idosos (LPI). Segundo ele, a região pode permanecer com bandeira vermelha por um longo período se os surtos e óbitos relacionados às casas geriátricas não diminuírem.