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- Publicada em 14 de Julho de 2020 às 15:26

Idosos são os que mais respeitam distanciamento social em Porto Alegre, diz pesquisa

Idosos são o segmento da população que está mais respeitando o distanciamento social

Idosos são o segmento da população que está mais respeitando o distanciamento social


maria ana krack - pmpa/divulgação/jc
Marcelo Beledeli
Em Porto Alegre, os idosos são o segmento da população que mais está respeitando o distanciamento social para restringir a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Já os números de casos confirmados estão concentrados nas faixas etárias mais jovens.
Em Porto Alegre, os idosos são o segmento da população que mais está respeitando o distanciamento social para restringir a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Já os números de casos confirmados estão concentrados nas faixas etárias mais jovens.
Essa é uma das análises preliminares de uma pesquisa realizada por universidades gaúchas sobre os hábitos e cuidados individuais da população da Capital durante a pandemia. O projeto, chamado de ACC-POA – Avaliação da Covid-19 na Comunidade – Porto Alegre, foi apresentado nesta terça-feira (14), durante uma live na página do Facebook da prefeitura municipal, com a participação do prefeito Nelson Marchezan Júnior e o secretário adjunto de Saúde, Natan Katz.
O estudo compara dois grupos de pessoas que residem no município de Porto Alegre: aqueles que tiveram o contato com a Covid-19 e os que não tiveram. O objetivo é verificar possíveis associações entre os hábitos de distanciamento social e de prevenção com a infecção pelo novo coronavírus no município.
Segundo dados preliminares do estudo, em maio cerca de 70% dos entrevistados para a pesquisa aderiram bastante ao distanciamento controlado ou ficaram praticamente isolados. Os que aderiram muito pouco ou pouco foram apenas 10,7%, enquanto os demais responderam como “mais ou menos”. Em relação às faixas etárias, a adesão ao distanciamento controlado era menor entre as pessoas de 18 a 29 anos (60%). O índice vai crescendo conforme mais velho é o entrevistado. Na faixa de 70 a 79 anos, a adesão foi de 90%, informa a pesquisa.
Entretanto, quando analisado o conjunto de pessoas entrevistadas que teve Covid-19, a faixa de 18 a 29 anos concentra 20,2% dos casos, atrás apenas da faixa de 30 a 39 anos (21,9%). Já a faixa de 70 a 79 anos tem somente 5,1% dos casos, mesmo percentual daqueles acima de 80 anos.
“Esses dados são importantes para mostrar que a ideia de isolar apenas os idosos não é correta, uma vez que são os jovens que mais foram contaminados”, afirma Bruce Duncan, professor de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). “Quem menos contraiu foi justamente quem se comportou como recomendado”, afirma o médico Marcelo Gonçalves, também professor da Ufrgs.
Segundo os pesquisadores, os resultados dos estudos poderão contribuir para políticas públicas de prevenção da pandemia específicas para as necessidades de Porto Alegre. “Estudos individuais têm mais poder para dar verdade dos fatos do que levantamentos populacionais gerais. Ter dados da comunidade é importante para dar soluções adequadas, voltadas para as faixas de população mais atingidas”, afirma Duncan.

Como o estudo foi realizado

Para realizar a pesquisa, estudantes voluntários usam a estrutura da Faculdade de Medicina da Ufrgs e do projeto TelessaúdeRS para fazer entrevistas por telefone com pessoas que tiveram contato com a Covid019. Até o momento, foram entrevistadas em torno de 200 pessoas que tiveram caso confirmado de contaminação pelo vírus. A expectativa é que, em duas semanas, sejam alcançadas 450 pessoas – cerca de 10% dos casos confirmados com a doença em Porto Alegre.
Entretanto, os pesquisadores apontaram algumas dificuldades para a obtenção de respostas, pois muitos entrevistados não atendiam ao telefone. “Fazemos um apelo para quem tenha sido infectado por Covid-19 em Porto Alegre depois do final de abril que entre em contato conosco para que possamos incluir suas respostas na pesquisa”, afirmou o professor Duncan. O telefone de contato do TelessaúdeRS é 3308.5950.
A pesquisa deverá acontecer em várias fases até novembro. O projeto é realizado em parceria entre a Ufrgs, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul.
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