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Geral

- Publicada em 01 de Julho de 2020 às 17:49

Em junho, Amazônia teve maior número de queimadas dos últimos 13 anos

A soma dos focos de incêndio computados até dia 20 de junho já havia sinalizado um recorde desde 2007

A soma dos focos de incêndio computados até dia 20 de junho já havia sinalizado um recorde desde 2007


VINÍCIUS MENDONÇA/IBAMA/DIVULGAÇÃO/JC
O mês de junho teve 18,5% mais focos de incêndio na Amazônia em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 2.248 focos de queimadas no bioma, o maior índice desde 2007, quando houve 3.517 focos na região no mesmo período do ano. O monitoramento é feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O mês de junho teve 18,5% mais focos de incêndio na Amazônia em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 2.248 focos de queimadas no bioma, o maior índice desde 2007, quando houve 3.517 focos na região no mesmo período do ano. O monitoramento é feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A soma dos focos de incêndio computados até dia 20 de junho já havia sinalizado um recorde desde 2007.
Com o início da temporada seca na Amazônia, junho acende um sinal amarelo sobre uma tendência que deve se agravar nos próximos meses.
Segundo uma nota técnica do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) publicada no início de junho, a Amazônia tem 4,5 mil km2 prontos para serem queimados. O cálculo foi feito pela soma do que foi derrubado no ano passado e nos primeiros quatro meses deste ano e ainda não foi queimado.
A área equivale a três municípios de São Paulo. A maior parte dela (88%) está em quatro estados: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazônia, ainda segundo o Ipam.
Os quatro estados tiveram crescimento das queimadas neste junho em relação ao ano passado, segundo o Inpe. A alta foi puxada principalmente pelo Mato Grosso, onde ocorreram 58% dos focos de incêndio do bioma em junho.
"O governo pode e deve tomar medidas imediatas, como liberar o uso do fogo apenas por populações tradicionais, proibindo a prática das queimadas para os outros usos", afirma Mauricio Voivodic, diretor executivo da ONG WWF no Brasil.
Ele destaca que as contratações de brigadistas do PrevFogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) ainda estão no início e o tempo para o trabalho preventivo já se esgotou.
Desde o início de maio, o governo federal autoriza o uso das Forças Armadas para o combate ao desmatamento e as queimadas na região amazônica. No primeiro mês de operação, no entanto, o desmatamento ainda foi 12% superior a maio de 2019.
A atuação das Forças Armadas na fiscalização ambiental se estende por toda a Amazônia Legal, que compreende a área total dos estados onde se insere o bioma amazônico, mas abarcando também áreas de cerrado, onde o fogo faz parte da dinâmica natural do bioma.
Considerando a abrangência da Amazônia Legal, o mês de junho teve 4.596 focos de incêndio, o que é 5% inferior ao mesmo mês do ano passado, que contou com 4.838 focos.
Segundo Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil, é importante destacar os números do bioma Amazônia, onde, diferentemente do cerrado, os incêndios são antrópicos (causados pela atividade humana) e frequentemente ligados à limpeza de terrenos para abertura de pastos e cultivos.
Folhapress
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