O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, convocou uma live extraordinária no Facebook para abordar os estragos que a formação de um ciclone-bomba está causando no Estado. Segundo Leite, mais transtornos devem ser esperados para esta quarta-feira (1º).
Ao vivo, Leite afirmou que até esta manhã, há 1.119 pessoas e 921 residências afetadas pelas chuvas, queda de granizo e pelos ventos em todo o Estado nas últimas 48 horas.
O Estado está verificando se vidas foram perdidas no Rio Grande do Sul em consequência dos estragos. “Acompanhamos que em Santa Catarina teve mais mortes. Aqui no Rio Grande do Sul teve um caso, que ainda não se sabe ao certo se é atribuído como consequência direta dos eventos climáticos, mas que está em apuração”, diz Leite.
O levantamento da Defesa Civil apontou um total de 19 cidades bastante afetadas pelos eventos climáticos: Iraí, Cacique Doble, Tapejara, Itatiba do Sul, Carlos Gomes, Barracão, Cambará do Sul, Lagoa Vermelha, Vacaria, Ibiaça, Capão Bonito do Sul, Muitos Capões, Paim Filho, São Sebastião do Caí, Morro Redondo, Santa Vitória do Palmar, Canela, Áurea e Pelotas. O governador diz que Iraí, Cacique Doble, Barracão, Vacaria e Capão Bonito do Sul foram os municípios mais atingidos.
O levantamento da Defesa Civil ainda está em andamento. De acordo com o coordenador e chefe da Casa Militar, coronel Júlio César Rocha, as equipes ainda devem avaliar o litoral norte.
Em São Sebastião do Caí, segundo o coronel Rocha, pelo menos 73 pessoas estão abrigadas em um ginásio municipal. O município é o único a registrar enchentes, após o aumento do volume do Rio Caí devido às chuvas. As residências em outras cidades foram afetadas apenas pelo vendaval e a queda de granizo.
O coordenador da Defesa Civil afirmou que o órgão já distribuiu mais de 3.000 m² de lona e auxiliou na reposição de telhas, desobstrução de vias e na remoção de árvores caídas. A possibilidade de um novo alerta meteorológico ainda é averiguada.