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- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 12:51

ATP quer ampliar número de passageiros transportados em pé em Porto Alegre

Entidade alega que já acumula R$ 42 milhões em dívidas desde o início da pandemia

Entidade alega que já acumula R$ 42 milhões em dívidas desde o início da pandemia


MARCO QUINTANA/JC
Thiago Copetti
A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) irá solicitar mudanças nas regras de ocupação dos ônibus de Porto Alegre, que hoje podem circular com entre 10 e 15 passageiros em pé (conforme o tipo de veículo, se simples ou articulado) para entre 15 e 20 pessoas. Para embasar a justificativa de que o transporte coletivo é seguro mesmo em meio à pandemia a ATP divulgou, nesta terça-feira (16), que em três meses de crise não há nenhum registro de motorista ou cobrador com Covid-19, até o momento.
A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) irá solicitar mudanças nas regras de ocupação dos ônibus de Porto Alegre, que hoje podem circular com entre 10 e 15 passageiros em pé (conforme o tipo de veículo, se simples ou articulado) para entre 15 e 20 pessoas. Para embasar a justificativa de que o transporte coletivo é seguro mesmo em meio à pandemia a ATP divulgou, nesta terça-feira (16), que em três meses de crise não há nenhum registro de motorista ou cobrador com Covid-19, até o momento.
Em teste por amostragem, feito em 9 de junho, em parceria com o Sest-Senat, nenhum colaborador das empresas privadas de ônibus foi detectado com o novo coronavírus. De uma amostra equivalente a 5% dos 6,5 mil trabalhadores do setor em empresas privadas (1.780 pessoas) o teste foi realizado em 90 funcionários (72% cobradores e 28% motoristas), sem registro de infectados com o coronavírus.
Engenheiro de Transporte da ATP, Antônio Augusto Lovatto defende que, com medidas de prevenção já adotadas - como maior higienização nos veículos com desinfetantes hospitalares, estímulo ao uso do cartão TRI no lugar de dinheiro, uso de máscaras entre passageiros e trabalhadores e janelas abertas - o transporte coletivo é seguro. Lovatto, porém, admite que nem sempre se consegue monitorar adequadamente o número de pessoas ocupando os ônibus.
“A situação do motorista não é fácil. É muito difícil ele conduzir o veículo e controlar o número de passageiros ao mesmo tempo. Então, algumas vezes esse número é maior, mas não pode ser extrapolado demais. Não é uma função à qual ele está acostumado e por isso pode passar um pouco do número ideal”, diz Lovatto.
Tanto a ATP quanto o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviárias de Porto Alegre (Stetpoa) afirmam que é necessário reforço na fiscalização municipal, já que há dificuldades para que motoristas e cobradores façam esse controle. O Stetpoa ressalta que há casos de agressão a motoristas que se recusam a aceitar passageiros a mais do que o determinado, mas que na última semana a EPTC já teria reforçado o controle.
Conforme dados da ATP, desde o início da pandemia, já foram transportados mais de 12,3 milhões de passageiros pelas empresas privadas. No início, de acordo com a presidente da ATP, Tula Vardaramatos, o setor trabalhou com um fluxo de apenas 25% do volume normal, o que avançou para próximo de 40% recentemente, mas o setor já soma R$ 42 milhões em dívidas com a queda no número de passageiros.
“Adequamos os número de trabalhadores nas jornadas, e parte está em casa recebendo ajuda governamental. Conseguimos certo equilíbrio, mas não sabemos até quando se terá essa ajuda federal e nem como será o comportamento da pandemia, se vai piorar ou melhorar, o que gera muitas incertezas”, pondera Tula.
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