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- Publicada em 12 de Junho de 2020 às 13:49

Porto Alegre: túneis de desinfecção em shoppings e CT do Inter usavam líquidos sem aval da Anvisa

Cabines de desinfecção humana, que chegaram a ser utilizadas em shoppings da Capital, foram alvo de ação da Vigilância Sanitária na última semana

Cabines de desinfecção humana, que chegaram a ser utilizadas em shoppings da Capital, foram alvo de ação da Vigilância Sanitária na última semana


Alex Lamas, Secretaria Municipal da Saúde/Divulgação/JC
Thiago Copetti
A utilização de cabines de desinfecção adotadas em shoppings centers de Porto Alegre, assim como no Centro de Treinamento do Internacional, até a semana passada, foram alvo de ação da Vigilância Sanitária devido ao produto utilizado no sistema. Sem um produto químico adequado, regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este fim no Brasil, e sem comprovação da eficácia contra o coronavírus, as empresas que adquiriram os equipamentos estavam operando o sistema com químicos utilizados para limpeza de superfícies.
A utilização de cabines de desinfecção adotadas em shoppings centers de Porto Alegre, assim como no Centro de Treinamento do Internacional, até a semana passada, foram alvo de ação da Vigilância Sanitária devido ao produto utilizado no sistema. Sem um produto químico adequado, regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este fim no Brasil, e sem comprovação da eficácia contra o coronavírus, as empresas que adquiriram os equipamentos estavam operando o sistema com químicos utilizados para limpeza de superfícies.
De acordo com o gerente da unidade de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo Páscoa, a ação foi realizada a pedido do Ministério Público Estadual e da própria Anvisa. De acordo com nota técnica da agência que trata da desinfecção de pessoas em ambientes públicos e hospitais durante a pandemia de Covid-19, a prática de borrifação de produtos sobre seres humanos tem potencial para causar lesões dérmicas, respiratórias, oculares e alérgicas.
De acordo com a prefeitura, que notificou estabelecimentos comerciais pela utilização desses túneis de desinfecção de pessoas, o uso foi suspenso até que sejam fornecidos laudos comprobatórios da eficácia dos produtos químicos desinfetantes em uso e a toxicidade destes agentes químicos em contato direto com a pele, mucosas e inalação por humanos.
Páscoa explica que as ações começaram na semana passada, após denúncias encaminhadas à Anvisa, que encaminhou o caso ao Ministério Público, que demandou a ação da Vigilância Sanitária na cidade. Além de uso nos Shoppings Total e Lindóia, e no Centro de Treinamento do Internacional, uma escola e uma rede de lojas também estava começando testes, mas nestes dois últimos os equipamentos não chegaram a ser utilizados, de acordo com o responsável pela Vigilância Sanitária na cidade.
“São várias fabricantes, o problema não é o equipamento, mas os agentes químicos que estão sendo utilizados. São autorizados para uso em superfícies, não em humanos. E não existe nenhuma indicação da Anvisa, além de álcool gel, que é um cosmético e que pode ser usado nas mãos. Para utilização na pele, não há nenhum outro com essa indicação”, alerta Páscoa.
O gerente da Vigilância Sanitária destaca ainda que alguns químicos que estava sendo utilizados contêm inclusive recomendações de cuidados no contato com a pele quando estiver sendo utilizado na limpeza de superfícies.
“No Ceará estavam colocando até hipocloreto de sódio (desinfetante e alvejante). Aqui encontramos uma combinação de quaternário de amônia e biguanida (desinfetante hospitalar) e até ozônio”, relata Páscoa.
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