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Geral

- Publicada em 03 de Junho de 2020 às 21:11

Flexibilização do isolamento deve ter parâmetros, diz OMS

Fiocruz aponta que dinâmica de isolamento intermitente pode ser o caminho

Fiocruz aponta que dinâmica de isolamento intermitente pode ser o caminho


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Entre o fim de maio e início de junho, diversas cidades e estados passaram a adotar planos de flexibilização das medidas de distanciamento social em função da pandemia do novo coronavírus. As iniciativas provocaram debates, uma vez que há locais onde os casos continuam crescendo.
Entre o fim de maio e início de junho, diversas cidades e estados passaram a adotar planos de flexibilização das medidas de distanciamento social em função da pandemia do novo coronavírus. As iniciativas provocaram debates, uma vez que há locais onde os casos continuam crescendo.
Autoridades de saúde e organizações de pesquisa indicaram recomendações para esses ajustes e para eventuais recuos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou no dia 12 de maio um documento de orientações, organizado em torno de indicadores e perguntas, denominado "Critérios de Saúde Pública para Ajustar Medidas de Saúde Pública e Sociais no Contexto da Covid-19".
A primeira indagação é se a epidemia está ou não controlada na localidade. Para analisar isso há fórmulas relacionadas à taxa de reprodução do vírus. Os autores ressaltam a importância de considerar o tamanho da população e as características de cada local, mas apontam alguns indicadores, como o declínio do número de mortes por pelo menos três semanas e queda de pelo menos 50% da incidência em um período de três semanas após o pico.
A segunda pergunta é se o sistema de saúde do local tem condições de lidar com o ressurgimento dos casos. O terceiro questionamento é se o sistema de vigilância em saúde consegue testar os casos, rastrear quem teve contato com esses e isolá-los.
Tomando como base a formulação da OMS, em nota técnica sobre o caso do Rio de Janeiro pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmaram que há consenso entre estudiosos de que, sem vacinas, o novo coronavírus continuará circulando mesmo com medidas de distanciamento social, o que pode resultar no ressurgimento da onda. Por isso, eles defendem uma dinâmica de isolamento "intermitente", com períodos de endurecimento e de flexibilização das medidas de distanciamento. "A depender do cenário, o ressurgimento pode perdurar entre dois ou quatro anos, demandando medidas de distanciamento social intermitentes", diz a nota.
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