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- Publicada em 28 de Maio de 2020 às 21:10

Modelo híbrido de volta às aulas pretende contemplar alunos sem acesso à internet

Proposta é que ensino presencial e on-line seja intercalado

Proposta é que ensino presencial e on-line seja intercalado


ANDER GILLENEA/AFP/JC
Anunciado na quarta-feira (27), o calendário de volta às aulas no Rio Grande do Sul será dividido em cinco etapas. A primeira, que se inicia em junho, será a retomada das atividades escolares de todos os níveis e redes na modalidade híbrida. Para os que têm acesso à internet, serão abertas 37 mil turmas virtuais. Para os alunos com dificuldade de acesso, o governo estadual promete disponibilizar soluções para garantir a conectividade, dispositivos e a criação de ambientes de aprendizagem.
Anunciado na quarta-feira (27), o calendário de volta às aulas no Rio Grande do Sul será dividido em cinco etapas. A primeira, que se inicia em junho, será a retomada das atividades escolares de todos os níveis e redes na modalidade híbrida. Para os que têm acesso à internet, serão abertas 37 mil turmas virtuais. Para os alunos com dificuldade de acesso, o governo estadual promete disponibilizar soluções para garantir a conectividade, dispositivos e a criação de ambientes de aprendizagem.
Segundo o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, a ideia é que uma parceria com a Assembleia Legislativa possa garantir R$ 5,4 milhões para a ampliação dos dados de internet de pais e responsáveis dos alunos com dificuldade de acesso. "Esse dinheiro está sendo utilizado para fornecer 50 mega de internet para ter acesso às aulas através do telefone celular", afirma. Ainda, ele ressalta que as aulas ficarão salvas em uma plataforma e que os alunos poderão acessar a qualquer horário. Logo, os estudantes que não têm um celular disponível o dia inteiro poderão assistir à aula do mesmo modo.
Para os alunos que não têm dispositivo para acessar à internet ou que apresentem outras dificuldades, o secretário afirma que a estratégia é a criação de ambientes de aprendizagem nos quais os alunos podem ter acesso a livros, cadernos e outros materiais. O aluno ou os pais podem ir buscar as atividades para realizá-las remotamente. Além disso, será possível agendar um horário para utilizar os dispositivos disponíveis nas escolas ou, ainda, atendimento com algum professor capacitado.
Já os alunos com acesso à internet deverão ter aulas pela plataforma Classroom, oferecida pelo Google for Education. "Em termos de tecnologia, o que não foi feito em 50 anos está sendo feito agora. Estamos abrindo 37 mil salas virtuais e outros ambientes virtuais, incluindo a criação de espaços nos quais o aluno vai poder reproduzir o intervalo que ele teria na escola com os outros colegas", complementa Karam.
Após a retomada de parte das aulas presenciais, com anúncio previsto para julho, a modalidade híbrida continua acontecendo. A proposta é que as aulas presenciais e as on-line sejam intercaladas. O secretário explica que, no modelo presencial, as turmas serão divididas pela metade, e que protocolos de distanciamento, proteção e higienização serão respeitados. "Uma aula de Matemática com duração de quatro horas para uma turma de 30 alunos, por exemplo, passará a ser duas aulas com duração de duas horas para duas turmas de 15 alunos. A primeira turma assiste a aula, acontece a higienização das aulas e, depois, a outra metade assiste a mesma aula", exemplifica.
A partir desse modelo, o professor, passará uma atividade para os alunos fazerem remotamente e, no outro dia, não terá aula. "Em municípios de até 300 mil habitantes, será um dia de aula presencial e dois de aula remota. Cidades com mais de 300 mil habitantes terão um dia de aula presencial e quatro de aulas não presenciais", explica o secretário sobre a estratégia adotada.
Segundo Karam, o ano letivo não está perdido. Tendo em vista que o Conselho Nacional de Educação (CNE) já reconheceu as condições especiais desse ano letivo, a meta é cumprir 800 horas-aula para o Ensino Fundamental e 1.200 para o Ensino Médio. "Não teremos uma aula tradicional. Agora temos que direcionar as diretrizes para que o aluno aprenda o mais importante, o que precisa saber para o próximo ano." O secretário aponta que caso haja um atraso na retomada das aulas presenciais, existe a possibilidade de que o ano letivo de 2020 continue até fevereiro ou março do ano que vem, fazendo com que o ano letivo de 2021 se inicie apenas em abril.
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